“Nascer,
morrer, renascer ainda e progredir sem cessar, tal é a lei.” (Allan Kardec)
1. EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS DA REENCARNAÇÃO
As
pesquisas do Dr. Hamendras Banerjee e Ian Stevenson documentaram milhares de
casos, que chamaram de memória extra-cerebral, de crianças e adultos que num
determinado momento afirmavam que tinham sido outras pessoas, dando detalhes de
sua vida anterior. As pesquisas foram feitas dentro do mais absoluto rigor
metodológico, isentas de qualquer tendência religiosa ou preconceito.
•
Um caso de lembrança de vida anterior
Uma
arquiteta americana chamada Jenny Cockell começou a ter lembranças espontâneas
de uma igreja, de ruas, etc. Como aquelas imagens se repetiam, ficou intrigada,
iniciando uma pesquisa para achar as suas origens e o que elas significavam.
Localizou uma cidade na Irlanda, que correspondia exatamente aos desenhos que
fizera. Indo para lá, encontrou informações do endereço de uma casa que a levou
a concluir que ali fora sua última existência, com o nome de Mary, localizando
também os quatro filhos que tivera.
Sua
experiência foi documentada e relatada num livro que virou filme: MINHA VIDA
NOUTRA VIDA.
•
Um caso de regressão
O
Dr. Brian Weiss, tratando uma paciente, fez com ela uma regressão através de
hipnose para que retornasse até a sua vida intrauterina, porém ela começou a
falar sobre uma existência anterior. O Dr. Brian Weiss não acreditava em
reencarnação, tinha uma formação estritamente científica. Continuando o
tratamento com regressão, a paciente continuou a relatar experiências de várias
reencarnações, revelando que já tinha reencarnado 86 vezes. Tendo gravado todas
as seções, resolveu tornar tudo público escrevendo o livro MUITAS VIDAS MUITOS
MESTRES.
2. OBJETIVO
A
reencarnação tem por objetivo fazer o espírito chegar à perfeição. A passagem pela
vida corporal é necessária para que ele possa experimentar diferentes formas de
relação e para o desenvolvimento de suas potencialidades intelectuais e morais.
3. ORIGEM
A
“matéria prima” da qual deriva o espírito humano denomina-se “essência espiritual”.
O processo de criação de seres espirituais é contínuo e conduzido por entidades
superiores, que já atingiram elevado grau de evolução. Este processo inclui
estágios nos três reinos da natureza – mineral, vegetal e animal. A
transição entre cada um destes estágios é feita no mundo astral e constitui-se
em verdadeira metamorfose, em que qualidades novas são potencializadas
no ser em formação. O
tempo de duração de todo este processo evolutivo deve ser contado em
milênios...
4. PRIMEIRO ESTÁGIO NA FASE HUMANA
O
grande auxílio que é dado aos que reencarnam é o esquecimento do passado, que
ajuda no convívio com antigos desafetos, e propicia ao espírito uma nova
programação e vivência de valores e sentimentos.
Sendo
Deus soberanamente justo e bom, estabeleceu para todos o mesmo ponto de início,
com as mesmas obrigações e condições.
O
espírito está destinado a progredir somente com o próprio esforço, sendo o
construtor do seu destino, herdeiro dos seus atos.
A
isto se chama Lei de Causa e Efeito, que é a guardiã da justiça divina, e que,
embora se manifeste sempre com misericórdia, entrega a cada um o resultado de
suas ações.
Ao
ingressarmos no primeiro estágio evolutivo da fase humana (Estágio Primitivo),
dispondo de toda a bagagem que as etapas anteriores nos conferiram e mais as
qualidades potencializadas durante o processo de transformação entre a fase
animal e a humana, iniciamos o desenvolvimento de nossa capacidade intelectiva,
a expansão da consciência e a consequente construção de nossos mundos mental e
psíquico. Neste estágio temos como objetivo maior superar o comportamento
instintivo, alcançando o agir racional, discernindo valores que favoreçam o
viver gregário.
Muito
embora as profundas modificações havidas na transição entre as fases animal e humana,
ocorrem nas primeiras encarnações um proceder fortemente instintivo, com a
manifestação de traços das qualidades desenvolvidas em nosso viver animal, que
influencia a formação de tendências comportamentais.
Assim,
num ambiente primitivo, em que impera a lei do mais forte, os espíritos “recém
humanos” assumem posturas diversas, correlatas aos traços que a fase animal
lhes conferiu, posturas que vão desde a busca impiedosa do predomínio, até a
fuga constante, o viver camuflado. Estas tendências vão se modificando ao longo
das encarnações, mas podem ser reforçadas, caso sejam adotadas reiteradamente.
Concomitantemente,
o processo reencarnatório, associado ao esquecimento das memórias das vidas que
se sucedem, vai promovendo a formação do mundo não consciente do
espírito humano. Esta “segunda natureza” passa a ter influência cada vez maior
na vida das criaturas, manifestando-se sob a forma de seus mecanismos
automáticos de reação, do “temperamento” que cada um revela após cada renascer.
Assim o homem vai construindo o seu mundo de emoções.
O
estágio primitivo só se completa quando o espírito humano atinge um grau de
desenvolvimento mental e psíquico que o torne razoavelmente social, em que seu
agir não seja mais dominado pelos instintos, tendo alcançado um esboço de
estrutura racional para as suas ações.
5. ESTÁGIO ATUAL – PROVAS E EXPIAÇÃO
Os
fatores que programam as condições do renascimento no corpo físico são o
resultado dos atos e pensamentos das existências anteriores.
Nem
sempre esses efeitos se apresentam imediatamente, embora isso não o libere dos
atos praticados.
É
possível, portanto, que uma experiência fracassada ou danosa, funesta,
prejudicial, manifeste os resultados ao seu autor na próxima ou após passadas
algumas reencarnações. Da mesma forma, as construções do bem se refletirão no
comportamento posterior do indivíduo.
Portanto,
os sofrimentos humanos de natureza cármica podem apresentar-se sob dois
aspectos que se complementam: provação e expiação, que objetivam
educar ou reeducar, predispondo as criaturas ao inevitável crescimento íntimo,
na busca da plenitude que os aguarda.
a. A provação é a experiência
requerida ou proposta pelos guias espirituais antes do renascimento corporal do
candidato, examinadas as suas fichas de evolução e avaliadas as suas
probabilidades de vitória, bem como os recursos ao seu alcance para o
cometimento.
Apresenta-se
como tendências, aptidões, limites e possibilidades sob controle, dores
suportáveis e alegrias sem exagero, que facultem a mais ampla colheita de
resultados educativos.
Nada
é imposto, podendo ser alterado o calendário das ocorrências, sem qualquer
prejuízo para a programação evolutiva do aprendiz. Nada é irreversível.
As
opções de como agir são muitas, de maneira que, para serem aplainadas as arestas,
não é necessária a ação de um sofrimento imediato.
A
ação do amor estimula o “ser” com oportunidades de sempre alterar para
melhor o seu desempenho e as suas atividades, sendo plenamente suportáveis
alguns insucessos, as dores dos desgastes orgânicos e mentais, sem a
necessidade da atuação das paralisias, das alienações, das doenças
irrecuperáveis.
Se
isso, no entanto, ocorrer, deve ser catalogado como uma escolha pessoal,
por acreditar o candidato ser esse o meio mais eficaz para a sua felicidade futura,
libertando-o através desse expurgo da sua carga negativa acumulada. Poder-se-á
identificar essa providencial escolha, na resignação e coragem demonstrada pelo
educando e até mesmo na sua alegria diante dessas ocorrências dolorosas. Vimos
isso em processos de cegueira, paralisias e outros tipos de doenças, que mesmo
sendo condições sofridas, são suportadas com resignação, coragem e alegria.
As
provações se manifestam, dessa forma, de maneira suave no seu conteúdo.
A
reencarnação será de provações para aqueles que já adquiriram consciência de
suas ações (espíritos arrependidos).
As
provações mudam de curso, suavizando-se ou agravando-se conforme o
desempenho do espírito.
A
escolha de trajetórias difíceis no processo evolutivo (ausência de facilidades)
representa um ato de sabedoria, tendo-se em vista a rapidez da existência
física e os benefícios adquiridos, que são de duração ilimitada.
b. A expiação, todavia, é
imposta, é irrecusável, por constituir a medicação eficaz, a cirurgia corretiva
para o mal que se agravou. Em outras palavras, é o estágio para o resgate de
dívidas morais, para acertar-se com a lei da consciência, do resgate de débitos
contraídos com as leis da vida.
Porque
o amor de Deus vige em todas as Suas leis, mais justas do que as dos homens,
seja qual for o crime, elas objetivam reeducar e conquistar o
faltoso.
Jamais
intentam vingar-se do desequilibrado, pelo contrário, buscam recuperá-lo,
porque todos são passíveis de reabilitação.
O
encarceramento nas paralisias, limitações orgânicas e mentais, nas patologias
congênitas sem possibilidade de reequilíbrio, certos tipos de loucura, de
cânceres, de enfermidades degenerativas se transformam em recurso expiatório
para o infrator reincidente que, no educandário das provações, mais agravou a própria
situação.
Enquadram-se
nesses casos os suicidas premeditados, os homicidas frios, os adúlteros
contumazes, os exploradores de vidas, os vendedores de prazeres viciosos
(drogas, sexo, álcool, jogos de azar, chantagem e muitos artigos da crueldade
humana, catalogados nos estatutos divinos).
Há,
no entanto, em nome do amor, casos de aparentes expiações – seres
mutilados, surdos-mudos, cegos e paralisados, hansenianos e aidéticos, entre
outros, que escolheram essas situações para lecionarem coragem e conforto
moral aos enfraquecidos na luta e desolados na redenção.
As
expiações podem ser atenuadas, porém não sanadas. Elas apenas restauram o
equilíbrio perdido, reconduzindo o infrator à situação em que se encontrava
antes da queda brutal.
A
expiação tem começo, portanto, quando as Leis Divinas determinam que aqueles
espíritos, que são reincidentes no mal, devem iniciar seu caminho de despertar,
sendo trazidos ao reencarne mesmo que não o queiram (reencarnação compulsória).
6. O PROJETO REENCANATÓRIO
O
projeto reencarnatório é peça fundamental no processo reencarnatório.
Sua elaboração ocorre com a participação do reencarnante (desde que este já
tenha alcançado condições para tanto; reencarnantes psíquica ou mentalmente
perturbados não participam do projeto). O projeto é elaborado por espíritos de
elevado grau de evolução, que dominam a ciência da psicometria (medida do grau
evolutivo de uma pessoa) e que têm acesso às informações relativas às vidas já
vividas pelo reencarnante. Estes espíritos identificam as áreas em que o
candidato necessita trabalhar na nova encarnação e determinam as melhores condições de
reingresso,
para que tais áreas sejam exercitadas. São, assim, estabelecidas as linhas
gerais do projeto reencarnatório, que se constituem no “destino irrevogável” do candidato.
É
importante ressaltar que o reencarnante, ao participar da elaboração do
projeto, tem o direito de exercer seu livre arbítrio. Pode-se dizer que é nesta
oportunidade que as criaturas exercem seu livre arbítrio de forma mais ampla e
consciente. Nos casos em que o candidato manifeste o desejo de vivenciar
situações que ainda não tenha condições de suportar, serão sugeridas formas
alternativas, que o resguarde de dificuldades insuperáveis. Assim, por exemplo,
se por remorso alguém pede para nascer com alguma malformação, poderá ser
levado a optar, por exemplo, pela perda ou avaria de um membro, ou a contrair
doença crônica, após ter vivido o tempo necessário para alcançar o
amadurecimento suficiente para suportar tal perda ou sofrimento.
Nos
casos em que os candidatos não têm condições mentais ou psíquicas de participar
da elaboração do projeto reencarnatório, este é estabelecido pelos
especialistas de forma a permitir que as experiências a que o reencarnante se
entregue na nova vida venham a beneficiá-lo a médio e longo prazo. Isto
significa dizer que mesmo os que se entregam às formas destrutivas de viver,
estão amealhando experiências dolorosas que os farão valorizar a vida, à medida
que sintam na própria carne a ação da Lei do Retorno (ou de Causa e Efeito).
É
preciso lembrar que somente os atos praticados voluntária e conscientemente
contam a nosso favor ou desfavor. É importante observar, também, que
experiências negativas, tais como as de praticar atos arrojados, expondo a vida
por motivos menores ou na prática do mal, têm seu aspecto positivo. Os que
assim agem, tornam-se aptos a enfrentar situações de risco que outros, mesmo
cheios de boa vontade, não teriam condições de fazê-lo.
Todas
as experiências são, pois, válidas, e por isso consideradas dentro do projeto
de uma nova vida. Os especialistas levam em conta, sempre, o jogo de
circunstâncias que envolverão o reencarnante, sabendo que ele poderá procurar
os ambientes e as pessoas afins ao seu estágio evolutivo e às suas vivências
anteriores. Contudo, providenciam condições que favoreçam o seu crescimento. O
bom ou o mau uso do livre arbítrio é que fará do reencarnado um vencedor ou um
alguém que se torne mais comprometido com a Lei.
7. FAMÍLIAS ESPIRITUAIS E REENCONTROS
Ao
longo de nossas encarnações, vamos constituindo a nossa “família espiritual”.
Ela se compõe não apenas dos familiares com que vamos convivendo, mas também de
todos aqueles com que tenhamos construído laços fortes de simpatia e/ou
de antipatia. Assim, estas ligações são estudadas detalhadamente pelos
espíritos encarregados de elaborar os projetos reencarnatórios, pois que a sua
utilização nas vidas que se sucedem acelera o processo evolutivo das criaturas.
Os
reencontros são, pois, uma constante na vida humana. Nos casos em que os laços
anteriores foram de simpatia, o benefício é óbvio. Mas também nos casos em que
a antipatia, derivada de ódios e crimes, prevaleça, os reencontros são a forma
mais breve de alavancar as modificações que cada um deve fazer em sua maneira
de ser. É por esta razão que os espíritos instrutores (tal como Emmanuel)
costumam se referir aos lares como sendo “o cadinho das almas”. Reencontros
também ocorrem nos ambientes de trabalho, nos locais em que moramos, ou em que
participamos de tarefas ou atividades coletivas, etc.
Para
promover os reencontros desejáveis, os espíritos programadores jogam com o tempo e com o espaço. Assim, os
processos reencarnatórios são encadeados, ou seja, ocorrem de maneira que os
seres envolvidos entrem num fluxo reencarnatório adequado. A
variável tempo é controlada pelo estabelecimento conveniente do período de
permanência no plano espiritual, dos desencarnados.
Além
do condicionante “família espiritual e reencontros” e das variáveis “tempo e
espaço”, os espíritos especialistas dispõem de um instrumento poderoso para a
elaboração do projeto reencarnatório, que são as “condições iniciais
de reingresso”
no mundo físico.
8. CONDIÇÕES INICIAIS DE REINGRESSO
O
projeto reencarnatório tem como um de seus principais objetivos o
estabelecimento das condições iniciais de reingresso do reencarnante. Tais
condições podem também ser chamadas de “destino irrevogável” ou “heranças de
berço”, pois dizem respeito às qualidades do corpo físico (condições individuais
de reingresso) e do ambiente que cercará o reencarnante (condições de
reingresso dependentes do meio).
Condições
individuais de reingresso – Entre as mais importantes condições individuais
de reingresso, podem ser citadas: a capacidade cerebral, a constituição
física, a estética e a harmonia das formas do corpo e a sanidade física.
Todas estas condições são implementadas por espíritos especialistas que, a
partir da carga genética dos genitores, determinam o mapa genético adequado
para que ocorram as condições acima mencionadas. É oportuno lembrar que antes
de iniciar-se a gestação do reencarnante, ocorre todo um processo de preparação
de seu perispírito (redução de seu volume e do grau de sua consciência).
Condições
de reingresso dependentes do meio – Estas condições podem ser divididas
em dois grandes grupos, a saber: as relativas ao ambiente próximo
(familiar) e as que derivam do ambiente amplo (país), em que deverá
ocorrer o reencarne.
São
condições dependentes do ambiente próximo todas as que dizem respeito às
pessoas que exercerão influência direta ou indireta sobre a sua formação,
especialmente durante sua primeira infância. Assim, a capacidade de amar, o
nível cultural e a condição econômica destas pessoas serão
consideradas de forma cuidadosa pelos espíritos responsáveis pela elaboração do
projeto reencarnatório.
As
condições que dependem do ambiente amplo se referem ao país em que o
reencarne ocorrerá, estando aí incluídas: características raciais –
envolvendo costumes, tradições, etc; estágios de desenvolvimento –
econômico, social, político, cultural; condições ambientais – clima,
geografia, meio rural ou urbano; carma coletivo – ocorrência de eventos
dolorosos, que atingem comunidades inteiras.
Obviamente,
as condições individuais de reingresso influem sobre todo o período de vida do
reencarnante. Já as condições dependentes do meio podem sofrer modificações
mais ou menos severas durante a encarnação. O exame das condições que surgem ao
longo da vida será feito mais adiante.
9. TIPOS DE REENCARNAÇÃO
O
homem é possuidor do livre arbítrio, ou seja, a faculdade de determinar a sua
própria conduta, querendo, agindo e fazendo suas escolhas.
Esta
faculdade pode sofrer processos limitantes dependendo da sua conduta em
diversas encarnações anteriores.
a. Reencarnação compulsória
A
reencarnação compulsória é aquela que traz o espírito para reencarnar sem
prévia concordância dele e até sem o seu conhecimento. É própria dos espíritos
cujo grau de perturbação, revolta, rebeldia, ausência de valores morais, impede
sua participação no projeto reencarnatório. É uma imposição da Lei Divina.
A grande maioria destes espíritos
procedem das regiões umbralinas ou baixo astral e outros procedem de centros
socorristas nas regiões do bem, mas, cuja condição mental e psíquica os impede
de participar do projeto reencarnatório. A Lei Divina oportuniza para esses
espíritos por várias vezes essa liberdade relativa, que é chamada de provações.
Quando
esses espíritos não aproveitam a reencarnação para sua modificação e evolução,
continuando a desrespeitar os direitos alheios e repetindo comportamentos
destrutivos, a Lei Divina os reencarna em processos dolorosos, limitativos,
chamados de expiação.
A limitação tem por finalidade
impedi-los de dar vazão as suas más inclinações, tornando-os dependentes,
fragilizados, levando-os a refletir, buscando respostas em suas dificuldades,
visando conduzi-los para o despertar da consciência e da sensibilização.
Um
exemplo
No
livro LIÇÕES DE SABEDORIA, de Chico Xavier, pg. 71, existe o relato referente a
um local do Astral Inferior. Lá existia uma cidade cujos espíritos se
entregavam a todo o tipo de luxúria e degradação sexual. A Espiritualidade
Superior decidiu conceder a todos a uma nova reencarnação (com isso
interromperiam o processo que executavam). A partir deste fato, começou na
Terra a revolução sexual dos anos 60 e 70, as revistas e filmes de sexo,
pornografia.
Vários
destes espíritos reencarnados deram vazão ao seu comportamento degenerado,
tendo como resultado a vulgarização do sexo através de filmes e revistas
pornográficas.
b. Reencarnação voluntária ou proposta
O
espírito tem um relativo livre arbítrio. Mentores fazem o planejamento da
programação da próxima existência com a participação do mesmo.
Orientações são dadas ao espírito
reencarnante com relação às más tendências ainda não vencidas, para que tenha o
maior sucesso possível, a fim de que não corra o risco de falir e voltar a
repetir novamente os erros que o comprometeram.
Geralmente não tem limitações físicas,
mas sim em nível existencial, de acordo com as suas necessidades que são
examinadas.
Poderá encontrar inimigos do passado
reencarnados no grupo familiar ou próximo a ele, como oportunidade de um
reajuste de sentimentos.
Muitos vêm com a proposta de servir com
a mediunidade, para acelerar suas conquistas e resgate dos débitos perante a
Lei.
c. Reencarnação livre
É própria dos Espíritos Missionários.
Redimidos perante a Lei ou próximos da redenção, apresentam condições plenas
para sua liberdade de ação, pois, pelas conquistas morais, não correm riscos de
falir.
10. ALGUMAS SITUAÇÕES ESPECÍFICAS DE
REENCARNAÇÃO
a. Espíritos Missionários
São
reencarnações que necessitam de um grande planejamento, pois têm como objetivo
beneficiar uma coletividade, seja de uma região, de um país, ou de um planeta
na sua totalidade, trazendo conhecimentos novos, na ciência, nas artes,
religiosidade, nas leis, na estrutura social, enfim, em todos os campos de
atividade, para melhorar o desenvolvimento da vida.
Exemplos
de Espíritos Missionários
Jesus – A Revelação
Salvadora para a humanidade.
Francisco
de Assis
– Para reavivar o cristianismo inicial na sua simplicidade e significado (com
ele reencarnaram 200 espíritos como apoiadores, auxiliando-o na missão).
Allan
Kardec
– Para informar aos homens sobre a realidade espiritual, suas consequências.
b. Escolha do sexo
Pouco
importa ao espírito reencarnar em corpo de homem ou de mulher, pois o que o
guia na escolha são as provas por que tenha a necessidade de passar. Isto
demonstra a bissexualidade psicológica do espírito, o que não identifica uma
concordância com a vivência bissexual do ser enquanto encarnado no campo da
genitalidade.
c. Homossexualismo
Homens
e mulheres nascem homossexuais com a destinação específica do melhoramento
espiritual, jamais sob o impulso do mal.
Os
homossexuais, assim, são criaturas em expurgo de faltas passadas, merecedoras
de compreensão e, sobretudo, esclarecimento.
Tornam-se
carentes diante da Bondade do Pai, que jamais abandona Seus filhos.
Terão
renovadas chances de aperfeiçoamento espiritual, eis que a Reencarnação é
escola que aceita infinitas matrículas, ainda que na mesma série.
d. Doenças mentais, depressão, bipolaridade,
etc.
O
não adequado funcionamento do cérebro tem em suas raízes os traumas, os abusos,
as lesões, as culpas inconscientes do mau proceder no ontem.
São
expiações de faltas gravíssimas, com lesões no corpo perispiritual, devido a
suicídios e vários tipos de crimes. Nos casos de depressão e de outras doenças,
existe sempre a culpa inconsciente dos erros cometidos e não reparados.
11. TEMPO ENTRE AS REENCARNAÇÕES
O
tempo é variável conforme a experiência que o espírito necessita. Em alguns
casos pode ser de um mês (raríssimos), mas em outros não tem um limite de
tempo. Nas zonas inferiores, há espíritos que não reencarnam há 2.000, 4.000 e
até 10.000 anos. Para a reencarnação dos Espíritos Missionários, há a
necessidade de um tempo de “descida vibratória”, no qual os espíritos vão
agregando a matéria dos planos abaixo ao que pertencem.
12. O ESQUECIMENTO DO PASSADO
Ao
renascer somos beneficiados como o esquecimento das vidas anteriores, tanto no
mundo físico como no mundo espiritual.
Temos,
através do reencarne, a oportunidade de construir uma nova personalidade,
modificando padrões comportamentais, promovendo nosso crescimento mental,
psíquico e espiritual.
O
esquecimento do passado facilita a ocorrência com os encontros de desafetos de
vidas passadas, ajudando no processo de reconciliação.
Trazemos
das vidas anteriores (para os espíritos arrependidos) a culpa (remorso)
inconsciente do que foi feito, e com a reencarnação sem o esquecimento, seria muito
difícil manter-se o equilíbrio durante a vida.
13. AUTOAVALIAÇÕES
Durante
os períodos de vida no astral, temos a oportunidade de realizar um exame dos
motivos que nos levaram a realizar ações negativas em nossa última
reencarnação.
A
lembrança das reencarnações anteriores não ocorre de forma espontânea
após o desencarne.
Durante
a preparação do projeto reencarnatório, podemos ser submetidos a regressões
de memória, revivendo as passagens de realizações negativas, com a
finalidade de compreender o porquê de incluir determinadas experiências na nova
vida que começará.
Os
espíritos responsáveis pelo projeto de reencarnação não programam a ocorrência
de condições ou circunstâncias acima da capacidade de superação daqueles que
reencarnam.
Ao
renascerem, contudo, aqueles que se julgam merecedores de punição pela culpa e
remorso inconsciente que trazem, passam a sofrer as pressões de suas
autocondenações, que se manifestam em processos autopunitivos (inconscientes)
através de insucessos nas áreas profissional, sentimental, cultural. Estes
processos são também chamados de auto-obsessivos.
Assim,
valendo-se do seu livre arbítrio, eles poderão trilhar estes caminhos não
programados em seus projetos reencarnatórios, fazendo escolhas equivocadas,
seja no relacionamento com pessoas, quanto em assuntos a respeito de suas
condições materiais de vida.
14. PROCESSOS DE IMPULSIONAMENTO LIGADOS AO
PASSADO
Os
processos de impulsionamento correspondem a estímulos que o espírito
reencarnado recebe e aos quais responde escolhendo caminhos, segundo seu livre
arbítrio:
a. Processos regenerativos
Estes processos são inarredáveis, ou
seja, correspondem a limites que não poderão ser ultrapassados no decorrer da
vida do reencarnante.
b. Processos de reajuste
Resultam
da disposição de reconciliação, manifestada por duas ou mais pessoas, antes do
reencarne de uma ou mais delas.
Eles
têm por base a ocorrência de reencontros.
Quando
o processo envolve o convívio de encarnados e desencarnados, estes últimos são
chamados de espíritos impulsionadores.
Embora
tenham a disposição para o progresso, mudando interiormente, eles ainda nutrem
diferenças para os encarnados com que convivem.
Assim,
ao mesmo tempo em que colaboram, cobram posturas corretas destes últimos, todas
as vezes que laborem em erro.
c. Processos de resgate:
São derivados de posturas cobradoras,
vingativas, adotadas por encarnados entre si ou entre desencarnados e
encarnados. Neste último caso, os desencarnados são chamados de espíritos
obsessores e o encarnado de obsedado. Embora muito dolorosos, estes
processos expressam a existência de um passado menos responsável do obsedado,
que conscientemente agiu como algoz dos seus obsessores.
Este processo pode não ser do tipo
inarredável. Seu esgotamento é, contudo, difícil, por envolver espíritos
psiquicamente desequilibrados.
15. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Sendo
o processo reencarnatório o mecanismo pelo qual se realiza o desenvolvimento do
espírito humano, cabe examinar o conceito de evolução espiritual, em sua forma
mais breve.
O
Cristo recomendou a seus seguidores “orar e vigiar”. Esta é a suprema síntese
do agir Cristão. Torna-se, contudo, necessário definir estas duas ações. Viver
orando não significa, obviamente, abdicar das coisas e das pessoas (o que Ele
jamais exemplificou). Oração, pois, não se restringe ao ato piedoso da prece,
mas é todo trabalho construtivo no bem, a favor da vida. O ato de orar é,
assim, um ato de amor. Por outro lado, viver vigiando não é sinônimo de passar
todo o tempo cuidando o que os outros estão fazendo, mas sim estar sempre
atento para o teor dos próprios pensamentos, palavras e atos. O ato de vigiar
está, pois, ligado ao viver consciente.
Evoluir
é dilatar consciência e integrar-se ao todo.
Por
isso, na linguagem poética dos espíritos, “para alçarmos o vôo mais alto
precisamos desenvolver as asas da sabedoria e do amor”.
Que
possamos alçar este vôo sem demora!