1. INTRODUÇÃO
O
espírito jamais fica inativo. Durante o sono, os liames que o unem ao corpo se
afrouxam e o corpo não necessita do espírito. Então ele percorre o espaço e
entra em relação mais direta com os outros espíritos.
O
espírito, tendo as suas faculdades espirituais ampliadas, se inter-relaciona
mais diretamente com o mundo invisível.
Nesse
estado, os laços que unem o espírito à matéria ficam mais tênues, mais
flexíveis, possibilitando-o a agir com maior liberdade.
Ligado
ao corpo por prolongamentos do perispírito (laços astrais, ou cordões astrais,
ou cordão de prata), o espírito se movimenta sem prejudicar as funções
orgânicas necessárias para manter o organismo em repouso.
Enquanto
o corpo recupera os elementos que perdeu por efeito das atividades diárias, o
espírito vai retemperar-se entre os outros espíritos.
Colhe
no que vê, no que houve e nos conselhos que lhe dão, ideias que, ao despertar,
lhe surgem em estado de intuição.
Os
espíritos mais imperfeitos, em vez de procurar a companhia de espíritos bons,
buscam a de seus iguais.
Vão,
enquanto dormem, em busca de emoções talvez até menos dignas das que alimentam
quando em vigília.
Assim,
por questões de afinidade, entram em contato com outros espíritos que vivem nos
vícios, no erro, na maledicência, no crime.
Os
espíritos mais evoluídos, enquanto o corpo adormece, vão para junto dos seres
que lhes são superiores, com os quais viajam, conversam, se instruem e
trabalham.
Aproveitam
essa liberdade provisória para estudar, para em contato com os espíritos
superiores receberem orientações...
A
principal diferença entre o estado de sono e a morte é que no sono há um
desprendimento parcial e por ocasião da morte esses laços fluídicos se rompem
completamente.
Os
sonhos normalmente retratam apenas alguns fragmentos das atividades do espírito
durante o sono.
A
análise dos sonhos pode ser um dos meios para se conhecer as porções
superficiais ou profundas do inconsciente, dado que o sonho traz um conteúdo
manifesto (alegorias, emblemas, figuras, paisagens, pessoas), que após uma
interpretação de sua simbologia, se pode chegar ao que realmente interessa – o
conteúdo latente (sentimentos reprimidos, desejos, traumas, lembranças,
vocações, etc.).
O
sonho é um dos melhores agentes de informação sobre o estado físico, psíquico e
espiritual dos indivíduos.
2. CONCEITO
O
sonho é a lembrança do que o espírito viu durante o sono, sobre as vivências do
dia-a-dia, podendo nela serem incluídos guias espirituais, familiares, lugares
(passado, presente ou futuro), tarefas de aprendizado e auxílio, obsessores,
etc.
3. CLASSIFICAÇÃO
Os
sonhos podem ser classificados em comuns, reflexivos e espíritas.
a. Sonhos comuns
Seriam as lembranças dos quadros que
permanecem impressos em nossa própria mente. São imagens, às vezes, confusas e
caóticas. Estão relacionados com o nosso cotidiano. Muitas vezes ficamos presos
ao corpo pelas preocupações materiais, ideias fixas, aspirações comuns e nos
ligamos ao que mais nos preocupa ou fascina. São muito frequentes, dada à nossa
condição espiritual.
b. Sonhos reflexivos
São aqueles em que o desprendimento ou
emancipação da alma permite um mergulho mais profundo em nossos registros
perispirituais, recuperando imagens, cenas de vidas passadas. Estas imagens são
coerentes e se apresentam mais nítidas, como cenas de um filme. Os sonhos
reflexivos podem ser consequentes, algumas vezes, a determinado fato de nossa
vida real que nos leva a vivenciar cenas do passado, ou ainda, poderão ser
induzidos por espíritos desencarnados superiores ou inferiores.
c. Sonhos espíritas
São lembranças de nossa vivência real
no mundo dos espíritos. São recordações de encontros, estudos que participamos,
conversas, tarefas que desenvolvemos, etc. Podem ocorrer também, perseguições e
acontecimentos desagradáveis, sempre em função de nossa sintonia espiritual.
4. PREPARAÇÃO PARA O SONO
Antes
de dormir, cumpre sejam fixadas as ideias agradáveis e positivas, visualizando
aquilo com que se deseja sonhar, certamente para tirar proveito útil no
processo de crescimento interior, de progresso cultural, intelectual, moral,
espiritual.
Será
uma conquista ideal o momento, a partir do qual o indivíduo esteja consciente
de sua realidade, pensando e agindo de forma lúcida, sem o bloqueio das
ilusões, os véus dos medos, as sombras das frustrações que escondem sua
realidade.
Ao
planejamento da experiência onírica sucederá uma forma de autossugestão, de
enriquecimento, com uma breve leitura salutar, o exame de consciência para
liberar-se dos tóxicos dissolventes da ira, da amargura, do ressentimento,
aserenando-se e, mediante a oração, entregar-se a Divina Essência Criadora.
Com
a sucessiva repetição desses requisitos, se farão diluídas as impressões
angustiantes e negativas dos processos perturbadores arquivados, que cedem área
a esses novos procedimentos.
E
logo mais, integrados nos alicerces da personalidade, volverão à tona, à consciência
na lucidez, assim como nos sonhos, abrindo possibilidades a intercâmbio com
outros espíritos, que se sentirão atraídos e buscarão transmitir mensagens de
conforto, de apoio e beleza.
A
insistência e a qualidade das mensagens responderão pelos resultados a
conseguir.
A
mudança psíquica, de uma paisagem perniciosa para outra de qualidade superior,
demanda tempo e esforço.
Algumas
vezes, durante a reprogramação, ocorrem as invasões de ideias-hábitos,
interferindo negativamente e desviando o centro de atenção que se quer
preservar.
Amorosamente,
deve-se retornar ao pensamento inicial motivador da experiência em
desenvolvimento, até criar novos padrões de conduta mental, que se estabelecem
naturais, fomentando o equilíbrio psíquico e emocional.
É
necessário, portanto, tomar conhecimento da mente, aprofundar recordações,
eliminar temores e angústias, corrigir a preferência de modelos, ser positivo,
afeiçoando-se ao ético e ao saudável.
Técnicas
para um bom sono
Entre
outras, sugere-se a adoção de uma ou mais técnicas a seguir:
• Leitura de um texto positivo
• Ouvir música suave
• Relaxamento mental e físico, tranquilizando
a respiração
• Prece aos orientadores pedindo
proteção durante o sono e colocando-se à disposição para aprendizado e trabalho
espiritual.
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