quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

** Yule, Tempo de Regeneração...

Pequeno Sabá comemorado no dia 21 de junho, conhecido também como Alban Arthuan ou a Luz de Arthur, provavelmente uma versão poética, relacionando o solstício de inverno à lenda do rei Arthur, assim como, Arcturus a estrela mais brilhante no hemisfério norte. Este é o período no qual a Deusa dá a luz ao seu filho, consorte e amante, o Deus Cernunnos. Yule é o tempo da regeneração e das mudanças, de total escuridão e de recolhimento, onde as noites se tornam mais longas que o dia e o inverno por fim se estabelece. Época ideal, para renovarmos nossas esperanças e para despertarmos nossa criança interior. Dentro da Roda do Ano, marca a morte do Rei do Azevinho e o nascimento do Deus da Fertilidade, fase ideal para a realização amuletos voltados para à proteção. Sabá que celebra também o grande Deus nórdico, Odin. Em Yule, devemos ornamentar nosso altar com azevinho, folhas de figueira ou cipreste, além da tradicional árvore de Yule. Acender velas para simbolizar o retorno da luz do Sol, honrando a Deusa no seu aspecto divino de Grande Mãe e o Deus como a divina criança da promessa. Que assim seja! No Hemisfério Sul, ocorre no dia 21/Jun. Os costumes modernos que estão associados ao dia cristão do Natal, como a decoração da árvore, o ato de pendurar o visco e o azevinho, queimar a acha de Natal, são belos costumes pagãos que datam da era pré-cristã. (O Natal, que acontece alguns dias após o Solstício de Inverno no hem norte e que celebra o nascimento espiritual de Jesus Cristo, é realmente a versão cristianizada da antiga festa pagã da época do Natal.) Pendurar visco sobre a porta é uma das tradições favoritas do Natal, repleta de simbolismo pagão, e outro exemplo de como o Cristianismo moderno adaptou vários dos costumes antigos da Religião Antiga dos pagãos. O visco era considerado extremamente mágico pelos druidas, que o chamavam de "árvore Dourada". Eles acreditavam que ela possuía grandes poderes curadores e concedia aos mortais o acesso ao Submundo. Houve um tempo em que se pensava que a planta viva, que é na verdade um arbusto parasita com folhas coriáceas sempre verdes e frutos brancos revestidos de cera, era a genitália do grande deus Zeus, cuja árvore sagrada é o carvalho. O significado fálico do visco originou-se da idéia de que seus frutos brancos eram gotas do sêmen divino do Deus em contraste com os frutos vermelhos do azevinho, iguais ao sangue menstrual sagrado da Deusa. A essência doadora de vida que o visco sugere fornece uma substância divina simbólica e um sentido de imortalidade para aqueles que o seguram na época do Natal. Nos tempos antigos, as orgias de êxtase sexual acompanhavam freqüentemente os ritos do deus-carvalho; hoje, contudo, o costume de beijar sob o visco é tudo o que restou desse rito A tradição relativamente moderna de decorar árvores de Natal é costume que se desenvolveu dos bosques de pinheiro associados à Grande Deusa Mãe. As luzes e os enfeites pendurados na árvore como decoração são, na verdade, símbolos do sol, da lua e das estrelas, como aparecem na árvore Cósmica da Vida. Representam também as almas que já partiram e que são lembradas no final do ano. Os presentes sagrados (que evoluíram para os atuais presentes de Natal) eram também pendurados na árvore como oferendas a várias deidades, como Attis e Dionísio. Outro exemplo das raízes pagãs das festas de Natal está na moderna personificação do espírito do Natal, conhecido como Santa Claus (o Papai Noel) que foi, em determinada época, o deus pagão do Natal. Para os escandinavos, ele já foi conhecido como o "Cristo na Roda", um antigo título nórdico para o Deus Sol, que renascia na época do Yule - Solstício de Inverno. Colocar bolos nos galhos das macieiras mais velhas do pomar e derramar sidra como uma libação consistiam num antigo costume pagão da época do Natal praticado na Inglaterra e conhecido como "beber à saúde das árvores do pomar". Diz-se que a cidra era um substituto do sangue humano ou animal oferecido nos tempos primitivos como parte de um rito de fertilidade do Solstício do Inverno. Após oferecer um brinde à mais saudável das macieiras e agradecer a ela por produzir frutos, os fazendeiros ordenavam às árvores que continuassem a produzir abundantemente. Os alimentos pagãos tradicionais do Sabbat do Solstício do Inverno são o peru assado, nozes, bolos de fruta, bolos redondos de alcaravia, gemada e vinho quente com especiarias. Corelações: Incensos: louro, cedro, pinho e alecrim. Cores das velas: dourada, verde, vermelha, branca. Pedras preciosas sagradas: olho-de-gato e rubi. Ervas ritualísticas tradicionais: louro, fruto do loureiro, cardo santo, cedro, camomila, sempre-viva, olíbano, azevinho, junípero, visco, musgo, carvalho, pinhas, alecrim e sálvia.

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