A perda significativa de nossa memória não é uma parte inevitável do processo de envelhecimento,
especialmente no caso da memória de longo prazo.
Por essa razão, é importante distinguir entre o que é normal e o que não é quando há perda de
memória e alguns esquecimentos, para assim saber quando devemos começar a nos preocupar.
Ainda que muitas pessoas mais velhas se queixem da falta da memória e se sintam frustradas
por não se lembrar de determinadas coisas, na maioria das vezes estes esquecimentos não são
preocupantes;
já que o envelhecimento produz mudanças na memória, que não têm nenhuma relação a ver com a
demência ou com o Alzheimer.
De fato, com o envelhecimento, aparecem também algumas mudanças fisiológicas que podem ser as
causadoras de falhas no funcionamento do cérebro, fazendo com que precisemos de mais tempo
para aprender ou nos lembrarmos de determinadas situações (codificar, armazenar ou captar a
informação).
A notícia boa é que o cérebro é capaz de produzir novos neurônios em qualquer idade, por isso a
perda de memória significativa não é inevitável durante o envelhecimento.
O que acontece é que, de forma similar a quando perdemos força muscular, essa força vai sendo
perdida pouco a pouco, quando não é usada ou não é treinada.
O estilo da vida, os hábitos da saúde e as atividades diárias têm um grande impacto na saúde em geral
e na saúde do cérebro em particular. Independentemente da idade, há muitas maneiras de melhorar as
habilidades cognitivas e prevenir a perda de memória.
De fato, as mesmas práticas que contribuem para um envelhecimento sadio e para a vitalidade física
também contribuem para uma memória saudável.
Conselhos para prevenir a perda de memória
Fazer exercício com regularidade
Fazer exercício
fomenta o desenvolvimento dos neurônios e reduz o risco de transtornos associados à perda da
memória, como a diabetes ou as doenças cardiovasculares.
É mais fácil manejar o estresse, aliviar a ansiedade e a depressão fazendo exercícios, pois tal
atividade contribui para manter o cérebro saudável.
Ter uma vida social
As pessoas que mantêm contato com familiares e amigos têm menos risco de sofrer com problemas de memória do que as pessoas solitárias que não se relacionam com os demais.
A interação social ajuda a manter as funções cerebrais, pois costuma proporcionar certos desafios mentais (lembrar-se de datas importantes ou detalhes de sua vida).
Além disso, como no caso anterior, a vida social também ajuda a prevenir o estresse e a depressão.
Cuidar da alimentação
Comer alimentos ricos em antioxidantes ajuda a controlar a “oxidação” das células,
inclusive as do cérebro.
Os alimentos ricos em Ômega 3 são particularmente bons para o cérebro e para a memória.
No entanto, consumir muitas calorias pode aumentar o risco de desenvolver perda de memória e/ou
ter uma deterioração cognitiva.
Também é preciso evitar o consumo excessivo de gorduras saturadas e gorduras trans, que
contribuem para o aumento dos níveis de colesterol e, portanto, do risco de sofrer de doenças
cerebrovasculares.
Controlar o estresse
O cortisol, o hormônio do estresse, provoca danos ao cérebro
com o passar do tempo e pode causar problemas de memória.
O estresse por si só pode causar problemas de memória, por isso as pessoas estressadas ou com
ansiedade têm uma maior probabilidade de sofrer lapsos de memória e ter problemas para aprender e
se concentrar, independentemente da idade.
Dormir o suficiente
O sono é necessário para a consolidação da memória, assim como para o processo de formação e o
armazenamento de novas lembranças.
Com ele, elas podem ser recuperados posteriormente.
E mais, a falta de sono reduz o crescimento de
novos neurônios no hipocampo e causa problemas de memória, de concentração
e de tomada de decisões
Pode até mesmo levar a uma depressão que, como já comentamos, é outra inimiga da memória.
Não fumar
Fumar aumenta o risco de sofrer transtornos cardiovasculares, que podem causar acidentes
cerebrovasculares e, assim, comprimir as artérias que fornecem oxigênio ao cérebro.
Algumas estratégias para manter o cérebro ativo
Da mesma forma que o exercício física ajuda a manter os músculos ágeis, flexíveis e fortes, o
exercício mental ajuda a manter o cérebro em boas condições.
Algumas ideias para treinar o cérebro podem ser as seguintes:
– Praticar jogos de estratégia, como o xadrez ou jogos de cartas;
– Fazer palavras cruzadas, quebra-cabeças e Sudokus(um jogo de lógica simples que pode ajudar a
melhorar a sua habilidade mental.)
– Ler habitualmente;
– Aprender coisas novas, fazer cursos de seu interesse;
– Tocar algum instrumento musical;
– Comprometer-se com algum projeto que precise de planejamento (cuidar de uma horta ou um
jardim, por exemplo).
Em todo caso, se forem observadas perdas de memória de forma recorrente e por períodos de tempo
que parecem longos,
é importante consultar um especialista que possa avaliar sua situação pessoal. ;)
........... W. A.S
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