O QUE É WICCA?
Este texto retirado do livro de um grande amigo,
Claudiney Prieto (Lugh)é, sem dúvida, o mais completo e simples de ser
entendido por aqueles que nada sabem sobre a Wicca e foi por esta razão
que resolvi transcrevê-lo aqui.
A cultura celta foi uma das mais
importantes culturas que predominaram na Europa milhares de anos antes
da ascensão e conquista de Roma. Os celtas surgiram na Europa Central em
meados do II milênio a.C. e provavelmente se originaram dos povos
indo-europeus do continente Asiático, na época do Bronze Tardio e
espalharam-se por todo continente europeu a partir da Idade do Ferro.
Os
primeiros relatos da exist6encia dos Celtas na Inglaterra e Península
Ibérica datam de 1000a. C. Começaram a ocupar as margens do rio Danúbio e
Sul da Alemanha a partir de 600 a. C. O avanço das artes e da cultura
céltica aconteceu na Suíça às margens do rio Neuchâtel e em La Téne. A
partir daí entre os séculos III e V a. C espalharam-se por toda Europa
chegando à Turquia e Ásia Menor. Pesquisadores afirmam que os Celtas
permaneceram na Irlanda até a época de Cronwell, mais ou menos no século
XVII.
Apesar de terem se espalhado por longas distâncias e
países diferentes, a cultura celta jamais se fragmentou, pois haviam
forças maiores que os unia: a língua, a arte e a religião.
A
Religião dos celtas era o Druidismo, uma das religiões mais antigas do
mundo. Na organização da sociedade celta, os Druidas exerciam um papel
fundamental e de maior importância, já que eram os ministros da
religiosidade, guardiões das tradições, cultura e da teologia. O
Druidismo eram uma religião politeísta e seus ritos sempre eram
realizados ao ar livre, pois os Deuses jamais poderiam ser reverenciados
em templos feitos pelas mãos humanas e assim a natureza era
reverenciada como a Única forma de atingir a essência das divindades.
A
raiz filosófica-espiritual dos Celtas era baseada na reverência à duas
Grande Divindades: a Grande Deusa Mãe e o Deus Cornífero, chamados de
Ceridwen e Cernunos.
Essas duas Grande Divindades garantiam a
prosperidade da descendência, da agricultura, do gado e o sucesso na
guerra. O calendário céltico tinha uma estreita relação com a
agricultura e os ciclos sazonais da natureza. O Druidismo ou a religião
céltica pode ser exprimida como o culto à Grande Deusa Mãe, a própria
natureza, em todas as suas manifestações.
Os Druidas ensinavam
sobre a arte da agricultura, da cura com ervas, da caça entre outras
coisas. Realizavam as festas ritualísticas em homenagem as Divindades,
além de iniciarem as pessoas nos preceitos da arte da Magia.
A
iniciação nos mistérios druídicos durava em média 20 anos e os
ensinamentos eram transmitidos oralmente, pois temiam que a palavra
escrita pudesse se tornar veículo de Magia incontrolável. Eram versados
na adivinhação, onde utilizavam bastões oculares chamados de coelbren
para predizer o futuro.
A classe sacerdotal era dividida entre
homens e mulheres, mais a sociedade era extremamente matriarcal.
Originariamente o sacerdócio era totalmente feminino. As Druidesas eram
divididas em 3 classes: a primeira vivia enclausurada para alimentar o
constante fogo da Deusa Brigit. As outras 2 classes se casavam e eram as
principais participantes nos rituais sagrados.
A raiz
filosófica-espiritual dos celtas era baseada na reverência à GRANDE
DEUSA MÃE e ao DEUS CORNÍFERO. Os pagãos diziam que o Universo foi
criado à partir do corpo e da mente da Grande Deusa. Ela é o princípio
que simboliza a fecundação e a criação, Mãe de todos os Deuses. Seu
filho e consorte, o Deus Cornífero, representa a fertilização.
No
final da Idade de Bronze, que data de 5000 a.C. à 2000 a.C.,
encontramos muitos indícios de culto à Deusa Mãe. Pesquisas
arqueológicas trouxeram à tona diversas obras de arte, da mais antigas,
que são representações humanas do arquétipo da mãe. Estas descobertas se
estendem por toda Europa, África, Escandinávia e diversas outras
localidades.
Estatuetas femininas esculpidas em osso, marfim,
barro, argila e pedra representando mulheres nuas com longos cabelos,
grandes ventres e seios, sempre foram encontradas nas proximidades de
lugares sagrados e em sepulturas, significando algo sagrado e de
simbologia religiosa.
Foram encontrados também alguns objetos
ritualísticos com desenhos da Deusa, que pela data constatada através de
testes com carbono 14, datam de 500.000 a.C., o que seriam no
paleolítico inferior.
A adoração a Cernunos, filho e consorte da
Deusa, também era muito difundida na Europa. Foram encontradas diversas
estátuas na Suécia e em Mohenio Daro, no vale Indo, com representações
do Deus Cornífero com galhos de cervo e cercado por diversos animais.
Os
homens primitivos, nossos ancestrais, sempre consideraram que o poder
divino que presidia a criação era feminino e não masculino, como o
cristianismo impôs ao mundo. Torna-se evidente que as crenças religiosas
centrais da Europa envolvia a adoração da Grande Deusa Mãe (a Terra e a
Lua) e ao Deus (o sol).
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