segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Yule, Tempo de Regeneração...

Pequeno Sabá comemorado no dia 21 de junho, conhecido também como Alban Arthuan ou a Luz de Arthur, provavelmente uma versão poética, relacionando o solstício de inverno à lenda do rei Arthur, assim como, Arcturus a estrela mais brilhante no hemisfério norte. Este é o período no qual a Deusa dá a luz ao seu filho, consorte e amante, o Deus Cernunnos.

Yule é o tempo da regeneração e das mudanças, de total escuridão e de recolhimento, onde as noites se tornam mais longas que o dia e o inverno por fim se estabelece. Época ideal, para renovarmos nossas esperanças e para despertarmos nossa criança interior.

Dentro da Roda do Ano, marca a morte do Rei do Azevinho e o nascimento do Deus da Fertilidade, fase ideal para a realização amuletos voltados para à proteção. Sabá que celebra também o grande Deus nórdico, Odin.

Em Yule, devemos ornamentar nosso altar com azevinho, folhas de figueira ou cipreste, além da tradicional árvore de Yule. Acender velas para simbolizar o retorno da luz do Sol, honrando a Deusa no seu aspecto divino de Grande Mãe e o Deus como a divina criança da promessa. Que assim seja!


No Hemisfério Sul, ocorre no dia 21/Jun.

Os costumes modernos que estão associados ao dia cristão do Natal, como a decoração da árvore, o ato de pendurar o visco e o azevinho, queimar a acha de Natal, são belos costumes pagãos que datam da era pré-cristã. (O Natal, que acontece alguns dias após o Solstício de Inverno no hem norte e que celebra o nascimento espiritual de Jesus Cristo, é realmente a versão cristianizada da antiga festa pagã da época do Natal.)
Pendurar visco sobre a porta é uma das tradições favoritas do Natal, repleta de simbolismo pagão, e outro exemplo de como o Cristianismo moderno adaptou vários dos costumes antigos da Religião Antiga dos pagãos. O visco era considerado extremamente mágico pelos druidas, que o chamavam de "árvore Dourada". Eles acreditavam que ela possuía grandes poderes curadores e concedia aos mortais o acesso ao Submundo. Houve um tempo em que se pensava que a planta viva, que é na verdade um arbusto parasita com folhas coriáceas sempre verdes e frutos brancos revestidos de cera, era a genitália do grande deus Zeus, cuja árvore sagrada é o carvalho. O significado fálico do visco originou-se da idéia de que seus frutos brancos eram gotas do sêmen divino do Deus em contraste com os frutos vermelhos do azevinho, iguais ao sangue menstrual sagrado da Deusa. A essência doadora de vida que o visco sugere fornece uma substância divina simbólica e um sentido de imortalidade para aqueles que o seguram na época do Natal. Nos tempos antigos, as orgias de êxtase sexual acompanhavam freqüentemente os ritos do deus-carvalho; hoje, contudo, o costume de beijar sob o visco é tudo o que restou desse rito



A tradição relativamente moderna de decorar árvores de Natal é costume que se desenvolveu dos bosques de pinheiro associados à Grande Deusa Mãe. As luzes e os enfeites pendurados na árvore como decoração são, na verdade, símbolos do sol, da lua e das estrelas, como aparecem na árvore Cósmica da Vida. Representam também as almas que já partiram e que são lembradas no final do ano. Os presentes sagrados (que evoluíram para os atuais presentes de Natal) eram também pendurados na árvore como oferendas a várias deidades, como Attis e Dionísio.

Outro exemplo das raízes pagãs das festas de Natal está na moderna personificação do espírito do Natal, conhecido como Santa Claus (o Papai Noel) que foi, em determinada época, o deus pagão do Natal. Para os escandinavos, ele já foi conhecido como o "Cristo na Roda", um antigo título nórdico para o Deus Sol, que renascia na época do Yule - Solstício de Inverno.

Colocar bolos nos galhos das macieiras mais velhas do pomar e derramar sidra como uma libação consistiam num antigo costume pagão da época do Natal praticado na Inglaterra e conhecido como "beber à saúde das árvores do pomar". Diz-se que a cidra era um substituto do sangue humano ou animal oferecido nos tempos primitivos como parte de um rito de fertilidade do Solstício do Inverno. Após oferecer um brinde à mais saudável das macieiras e agradecer a ela por produzir frutos, os fazendeiros ordenavam às árvores que continuassem a produzir abundantemente.

Os alimentos pagãos tradicionais do Sabbat do Solstício do Inverno são o peru assado, nozes, bolos de fruta, bolos redondos de alcaravia, gemada e vinho quente com especiarias.
Corelações:
Incensos: louro, cedro, pinho e alecrim.

Cores das velas: dourada, verde, vermelha, branca.

Pedras preciosas sagradas: olho-de-gato e rubi.

Ervas ritualísticas tradicionais: louro, fruto do loureiro, cardo santo, cedro, camomila, sempre-viva, olíbano, azevinho, junípero, visco, musgo, carvalho, pinhas, alecrim e sálvia.


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Um Ritual de Yule

Você vai precisar de:
- 1 vela representando a Criança da Promessa (pode ser dourada, amarela ou branca)
- 1 vela verde
- 1 vela vermelha
- taça com vinho
- seu caldeirão
- incenso de pinho ou outro típico do ritual

Coloque a vela dourada (ou da cor que você achou melhor) dentro do caldeirão. Verifique se ela está bem fixa. Em seguida, coloque a vela vermelha ao lado direito de seu altar e a vela verde do lado esquerdo. Acenda o incenso.

Trace o círculo mágico da maneira como você costuma traçar e diga a seguinte invocação:

Eu hoje celebro o nascimento da Criança da promessa!
A Deusa é Mãe e eu invoco os espíritos da luz!
O Sol renasce!

Acenda a vela vermelha que está ao seu lado direito e diga:

Com esta vela eu honro os espíritos do Fogo!

Acenda a vela verde e diga:

Com esta vela eu honro os espíritos da Natureza!

Acenda a vela que está dentro do caldeirão e diga:

Com esta vela, que está no ventre da Deusa, na escuridão, eu celebro e honro a Criança da Promessa que nasce agora e traz a volta da luz!

Pelo poder e pela luz,
Eu celebro e dou as boas-vindas ao filho da Deusa, que é o Sol renascido. Seja bem-vinda, criança divina!

Entoe um cântico em homenagem ao Deus renascido ou leia algum texto sagrado em sua homenagem, podendo ser a Carta do Deus. Medite sobre as características deste momento na Natureza e em sua vida e quando achar que está bom, diga:

Abençoados sejam a Deusa e o Deus que giram mais uma vez a Roda da Vida. Dou as boas-vindas ao inverno e celebro o movimento eterno da Natureza.
Que o Sol volte a brilhar cada dia mais, e que todos sejam beneficiados com isso!

Eleve a taça com vinho e diga:

Eu bebo este vinho em homenagem à Deusa e à Criança Que Nasce!

Beba o vinho e faça uma saudação aos deuses, agradecendo a eles pelo ritual.

Finalize da maneira como está acostumado e destrace o círculo.
 



Oh Deus antigo cuja morada é a mata onde habitam todas as coisas selvagens. Seja bem vindo de volta de sua longa caminhada. A morte o abraçou, mas a vida prevaleceu uma vez mais. A roda do ano girou uma vez mais e agora celebramos a volta do Deus menino que irá crescer forte para espalhar por toda natureza a sua Arte. Seja bem vindo Pan, que sua música faça a natureza despertar…
Que assim seja e que assim se faça


Oh Deus antigo cuja morada é a mata onde habitam todas as coisas selvagens. Seja bem vindo de volta de sua longa caminhada. A morte o abraçou, mas a vida prevaleceu uma vez mais. A roda do ano girou uma vez mais e agora celebramos a volta do Deus menino que irá crescer forte para espalhar por toda natureza a sua Arte. Seja bem vindo Pan, que sua música faça a natureza despertar…
Que assim seja e que assim se faça 




Noite escura adentra os mistérios da tua alma
Expurga tuas sombras dentro desse absoluto infinito
No sentido contrário ao deosil, transmuta na chama
Do caldeirão as energias estagnadas que aqui deposito
Deusa que atua na minha força ancestral
Venha com tua infinita sabedoria nos amparar
Seja a pedra, a vara, a faca e a taça elemental
Os regentes das mansões estelares a nos restaurar
Pela borda das nove pérolas da tua proteção
E pela inspiração fervida da prímula silvestre
Transforme a prata e o visco desta infusão
Abençoando-nos em teu ventre, hoje e sempre

Noite escura adentra os mistérios da tua alma
Expurga tuas sombras dentro desse absoluto infinito
No sentido contrário ao deosil, transmuta na chama
Do caldeirão as energias estagnadas que aqui deposito
Deusa que atua na minha força ancestral
Venha com tua infinita sabedoria nos amparar
Seja a pedra, a vara, a faca e a taça elemental
Os regentes das mansões estelares a nos restaurar
Pela borda das nove pérolas da tua proteção
E pela inspiração fervida da prímula silvestre
Transforme a prata e o visco desta infusão
Abençoando-nos em teu ventre, hoje e sempre


Para quem está em sintonia com a natureza e as forças divinas que existem dentro de nós, que esta seja uma linda noite de Yule e que o retorno da Luz ilumine as nossas vidas

Feliz Yule!

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