SAMHAIN - Celebrado em 1o. de maio no hemisfério 
            sul e em 31 de outubro no hemisfério norte (Obs.: a pronúncia é "Sôu-en") 
          
YULE - Solstício de Inverno - Celebrado no 
            primeiro dia do inverno (+ ou - 21 de junho no hemisfério sul e 21 
            de dezembro no hemisfério norte) 
          
IMBOLC (ou Imbolg) - Celebrado em 2 de agosto 
            no hemisfério sul e 2 de fevereiro no hemisfério norte 
          
EOSTAR (ou Ostara) - Equinócio de Primavera  
            - Celebrado no primeiro dia da primavera (+ ou - 21 de setembro no 
            hemisfério sul e 21 de março no hemisfério norte) 
          
BELTANE - Celebrado em 31 de outubro no hemisfério 
            sul e 1o. de maio no hemisfério norte 
          
LITHA - Solstício de Verão (Mid Summer) - 
            Celebrado no primeiro dia do verão (+ ou - 21 de dezembro no hemisfério 
            sul e 21 de junho no hemisfério norte) 
          
LUGHNASAD (ou Lammas) - Celebrado em 2 de 
            fevereiro no hemisfério sul e 2 de agosto no hemisfério norte 
          
MABON - Equinócio de Outono - Celebrado no 
            primeiro dia do outono (+ ou - 21 de março no hemisfério sul e 21 
            de setembro no hemisfério norte) 
          
Eu aprendi muito a respeito da Roda do Ano através 
            da simples observação de uma árvore específica. Dei a sorte de encontrar 
            um carvalho perto de onde moro (o meu carvalho!) - e o carvalho é 
            uma árvore quase emblemática deste ciclo. Observando sua metamorfose, 
            da opulência à escassez, e dos brotos e sementes que levam novamente 
            à opulência, eu tenho tido uma ilustração viva, há muitos anos, da 
            eloquência deste ciclo infinito. 
          
A lição principal que eu aprendi com esta observação 
            foi a troca das datas dos Sabbats para que se adequassem à realidade 
            do hemisfério sul. 
          
Eu costumava celebrar os Sabbats de acordo com o 
            calendário da Inglaterra, e a época do Yule estava chegando. Eu já 
            estava me preparando para a celebração, quando passei "por acaso" 
            na frente do meu carvalho: ele estava frondoso, exuberante, cheio 
            de folhas, cheio de vida, pulsando de fertilidade! E sob um calor 
            tropical de quase 35 graus, em Dezembro! 
          
Para tentar entender os rituais, em primeiro lugar, 
            não podemos deixar de lado o conceito de que as celebrações atuais 
            são baseadas em rituais Celtas extremamente antigos (eles têm muito, 
            mas muito mais do que os meros 2000 anos do cristianismo...), e que 
            tiveram origem em uma época em que a atividade básica de subsistência 
            era a agricultura. 
          
Vamos começar pelo SAMHAIN, em 1o. de maio. 
            Este Sabbat marca o início, o prenúncio da estação da morte: o Inverno. 
            Representa a morte simbólica do Deus e, na Natureza, a estação menos 
            fértil - a Deusa está sem seu consorte! 
          
O Samhain também era a antiga festa celta dos mortos. 
            Na tradição céltica, o Samhain era a noite da morte e da ressurreição: 
            os mortos precisavam esperar até esta data para fazer a travessia 
            para o "País do Verão", onde a esperança de uma nova vida os aguardava 
            - por isso, na Bruxaria, esta é a época em que e sabe que os véus 
            entre os mundos ficam mais tênues. É um tempo de reflexão, de olhar 
            para o que foi feito no ano anterior, e uma época de lembrar os antes 
            queridos que já foram para outros planos. 
          
A noite do Samhain é considerada, pelas Bruxas, como 
            a noite de ano novo por esta conotação de "passagem" da morte para 
            a promessa de uma nova vida de abundância. 
          
A data do Samhain da tradição céltica era tão forte 
            no hemisfério norte (31 de outubro) que foi adaptada pelo cristianismo, 
            na Idade Média, e transformou-se na "noite de todos do santos", ou 
            "noite de todas as almas" (Halloween, em inglês, é uma corruptela 
            de All Hallows Eve, ou "noite de todas as almas"), celebrada até hoje... 
          
O Sabbat seguinte é o YULE, celebrado na noite 
            do Solstício de Inverno, perto de 21 de Junho. Uma vez que nesta data 
            ocorrem a noite mais longa e o dia mais curto do ano, e sendo o Sol 
            uma das representações do Deus, o Yule marca a época do ano em que 
            o Deus renasce - porque, a partir do Solstício, as noites ficarão 
            progressivamente mais curtas, e os dias (a presença do Sol) mais longos. 
          
O IMBOLC, em 2 de agosto, é um Sabbat de purificação 
            depois das privações do Inverno. É uma época de celebração ao calor 
            que aquece a Terra através do poder renovado do Sol, que renasceu 
            da Deusa no Yule. Os dias são mais longos e o início da Primavera 
            pode ser sentido na Natureza, que parece se espreguiçar. É um festival 
            de fogo, luz e fertilidade, em que as fogueiras e muitas velas são 
            acesas, representando tanto a nossa própria iluminação pessoal quanto 
            a luz e o calor que estão aumentando. 
          
O Equinócio de Primavera, EOSTAR, marca o 
            primeiro dia da Primavera (perto de 21 de Setembro). As energias da 
            Natureza sutilmente emergem do sono em que estiveram mergulhadas durante 
            o Inverno. A Deusa cobre a Terra de promessas de fertilidade, enquanto 
            o Deus - renascido no Yule - começa a passar da infância para a maturidade. 
            Em Eostar, a duração da noite e do dia são iguais. A luz começa a 
            vencer a escuridão; o crescimento do Deus e a receptividade da Deusa 
            inspiram as criaturas na Terra a se reproduzir. É a época de iniciar, 
            de agir, de plantar as sementes para o futuro. 
          
BELTANE, em 31 de outubro, representa a entrada 
            do jovem Deus para a idade adulta. Incitados pelas energias da Natureza, 
            pela força das sementes e flores que desabrocham, a Deusa e o Deus 
            apaixonam-se. Nesta data são celebrados rituais de fertilidade e imensas 
            fogueiras são acesas. As fogueiras de Beltane simbolizam o calor da 
            paixão e a intensidade da interação entre a Deusa e o Deus, e a crescente 
            fecundidade da Terra. 
          
O Solstício de Verão, ou LITHA (perto de 21 
            de dezembro), é celebrado quando o poder e a força da Natureza chegam 
            ao seu ponto mais alto. A Terra está repleta e abundante com a fertilidade 
            da Deusa e do Deus. Mais uma vez, são acesas fogueiras homenageando 
            a energia do Sol, que atinge seu ápice: esta é a noite mais curta 
            e o dia mais longo do ano. 
          
LUGHNASAD, em 2 de fevereiro, é a época da primeira 
            colheita, quando as sementes plantadas na Primavera dão os primeiros 
            frutos ou geram outras sementes que vão assegurar os resultados futuros. 
            Mas o Deus começa a perder sua força e, assim, os dias começam a ficar 
            mais curtos e as noites mais longas. 
          
O Equinócio de Outono, ou MABON (primeiro 
            dia do Outono, perto de 21 de março), representa a plenitude da colheita 
            iniciada no Lughnasad. Mais uma vez, o dia e a noite têm uma duração 
            igual. A Natureza começa a declinar, preparando-se para o Samhain 
            que se aproxima, preparando-se novamente para o Inverno, a época do 
            recolhimento... e para um novo ciclo que começa. 
          
Os Sabbats são uma forma fantástica de conhecer, 
            respeitar e celebrar os ciclos naturais que quase todo mundo nem vê 
            passar... e são uma chance única de aprender a sintonizar e harmonizar 
            a própria vida, os próprios ciclos vitais, com as energias do Todo. 
      
 
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