1. CONCEITO
a. Científico: O termo Morte Encefálica se aplica à condição
final, irreversível, definitiva de cessação das atividades do Tronco Cerebral.
No Tronco Cerebral
localizam-se diversas estruturas responsáveis pelas nossas funções vitais
(controle de pressão arterial, atividade cardíaca, respiratória e nível de
consciência) que nos mantêm vivos.
Morte Encefálica foi um
avanço no conceito de Morte, cientificamente definido e aceito por todas as
religiões como cessação da vida, suplantando o antigo conceito de morte
cardíaca, que tem a possibilidade de ser revertida, o mesmo não acontecendo com
a atividade do tronco cerebral.
No Brasil a avaliação da
morte cerebral está normatizada pela Resolução 1.480/97 do Conselho Federal de
Medicina.
b. Espírita: Para entender a atitude dos espíritas diante da perda de entes
queridos, é preciso entender a visão espírita da morte, sob os seguintes
aspectos:
• Em primeiro lugar, a destruição do corpo físico, que é um fenômeno
comum a todos os seres biológicos.
• Segundo, a morte é um
instante em meio a um caminho infinito.
• Terceiro, a morte é uma
transição e não um ponto final.
Há que se considerar,
também, que o espírito está permanentemente em processo de crescimento e
renovação, e a morte é a forma de forçar esta renovação, mudando ambientes e
projetos de vida.
A morte é apenas uma
mudança de estado de ser, de pensar, de sentir e agir.
2. EXPERIÊNCIAS DE QUASE MORTE (EQM)
A Doutrina Espírita
oferece um caráter libertador ao assunto morte, porquanto livra o homem do
temor do desencarne.
Nos relatos das
experiências de quase morte – EQM, o Dr. A. Moddy Jr. coletou nos seus estudos,
relatos de pacientes que estiveram quase em óbito, e que, após a sua
recuperação, descreveram as experiências espirituais que viveram, sendo todas
muito similares.
Essas descrições
corroboram as informações passadas pelos espíritos dentro da doutrina.
A Dra. Marlene Nobre
relaciona nove elementos que ocorrem nas chamadas EQM:
• Sensação de estar morto
• Paz e ausência de dor
• Experiência fora do corpo
• Experiência do túnel (entrada na escuridão)
• Seres da luz (encontro com familiares e
amigos)
• Ser da luz (guia)
• Recapitulação da vida
• Relutância em voltar
• Transformação da personalidade
(religiosidade)
Nessas vivências fora do
corpo, os pacientes relatam que no primeiro momento vêem o seu corpo, sentem-se
flutuar, ouvem inclusive o diálogo entre os membros da equipe médica.
Alguns relatam que se
deslocaram para outra sala e outros para fora do prédio do hospital.
É importante ressaltar a
diferença entre cérebro e mente: fica evidenciado que a consciência não está no
corpo e sim no espírito.
O cérebro físico é apenas
um órgão cujas funções são: dirigir o funcionamento do corpo sem a
interferência da consciência (sistema paras-simpático) e ser o receptor da
mente, que está no espírito, que é a sede da inteligência, da faculdade de
pensar, raciocinar, sentir.
3. DOENTES TERMINAIS:
Relacionamos as fases por
que passam aqueles que, tendo uma doença incurável, sabem que tem o tempo de
vida limitado e definido.
a. Negação
e Isolamento
A negação e o isolamento são mecanismos de defesas
temporárias do Ego contra a dor psíquica diante da morte. A intensidade e
duração desses mecanismos de defesa dependem de como a própria pessoa que sofre
e as outras pessoas ao seu redor são capazes de lidar com essa dor. Em geral, a
Negação e o Isolamento não persistem por muito tempo.
b. Raiva
Por causa da raiva surge a impossibilidade do ego manter a negação
e o isolamento, os relacionamentos se tornam problemáticos e todo o
ambiente é hostilizado pela revolta de quem sabe que vai morrer. Junto com a
raiva, também surgem sentimentos de revolta, inveja e ressentimento. Nesta
fase, a dor psíquica do enfrentamento da morte se manifesta por atitudes
agressivas de revolta – “por que comigo?”. A revolta pode assumir
proporções quase paranóicas – “com tanta gente ruim para morrer porque eu,
que sempre fiz o bem, trabalhei, fui honesto...?”
Transformar a dor psíquica em agressão é mais ou menos o que
acontece em crianças com depressão. É importante neste estágio, haver
compreensão dos demais sobre a angústia transformada em raiva na pessoa que
sente interrompida suas atividades de vida pela doença ou pela morte.
c. Barganha
Havendo deixado de
lado a negação e o isolamento, “percebendo” que a raiva também
não resolveu, a pessoa entra no terceiro estágio, a barganha. A maioria
dessas barganhas é feita com Deus!! .................................................................)0(
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