sexta-feira, 25 de abril de 2014

MORTE

1.      CONCEITO 

a. Científico: O termo Morte Encefálica se aplica à condição final, irreversível, definitiva de cessação das atividades do Tronco Cerebral.
No Tronco Cerebral localizam-se diversas estruturas responsáveis pelas nossas funções vitais (controle de pressão arterial, atividade cardíaca, respiratória e nível de consciência) que nos mantêm vivos.
Morte Encefálica foi um avanço no conceito de Morte, cientificamente definido e aceito por todas as religiões como cessação da vida, suplantando o antigo conceito de morte cardíaca, que tem a possibilidade de ser revertida, o mesmo não acontecendo com a atividade do tronco cerebral.
No Brasil a avaliação da morte cerebral está normatizada pela Resolução 1.480/97 do Conselho Federal de Medicina.

b.     Espírita: Para entender a atitude dos espíritas diante da perda de entes queridos, é preciso entender a visão espírita da morte, sob os seguintes aspectos:

• Em primeiro lugar, a destruição do corpo físico, que é um fenômeno comum a todos os seres biológicos.
• Segundo, a morte é um instante em meio a um caminho infinito.
• Terceiro, a morte é uma transição e não um ponto final.

Há que se considerar, também, que o espírito está permanentemente em processo de crescimento e renovação, e a morte é a forma de forçar esta renovação, mudando ambientes e projetos de vida.
A morte é apenas uma mudança de estado de ser, de pensar, de sentir e agir.


2.      EXPERIÊNCIAS DE QUASE MORTE (EQM)
A Doutrina Espírita oferece um caráter libertador ao assunto morte, porquanto livra o homem do temor do desencarne.
Nos relatos das experiências de quase morte – EQM, o Dr. A. Moddy Jr. coletou nos seus estudos, relatos de pacientes que estiveram quase em óbito, e que, após a sua recuperação, descreveram as experiências espirituais que viveram, sendo todas muito similares.
Essas descrições corroboram as informações passadas pelos espíritos dentro da doutrina.
A Dra. Marlene Nobre relaciona nove elementos que ocorrem nas chamadas EQM:


• Sensação de estar morto
• Paz e ausência de dor
• Experiência fora do corpo
• Experiência do túnel (entrada na escuridão)
• Seres da luz (encontro com familiares e amigos)
• Ser da luz (guia)
• Recapitulação da vida
• Relutância em voltar
• Transformação da personalidade (religiosidade)

Nessas vivências fora do corpo, os pacientes relatam que no primeiro momento vêem o seu corpo, sentem-se flutuar, ouvem inclusive o diálogo entre os membros da equipe médica.
Alguns relatam que se deslocaram para outra sala e outros para fora do prédio do hospital.
É importante ressaltar a diferença entre cérebro e mente: fica evidenciado que a consciência não está no corpo e sim no espírito.
O cérebro físico é apenas um órgão cujas funções são: dirigir o funcionamento do corpo sem a interferência da consciência (sistema paras-simpático) e ser o receptor da mente, que está no espírito, que é a sede da inteligência, da faculdade de pensar, raciocinar, sentir.


3.      DOENTES TERMINAIS:
Relacionamos as fases por que passam aqueles que, tendo uma doença incurável, sabem que tem o tempo de vida limitado e definido.

a.   Negação e Isolamento
A negação e o isolamento são mecanismos de defesas temporárias do Ego contra a dor psíquica diante da morte. A intensidade e duração desses mecanismos de defesa dependem de como a própria pessoa que sofre e as outras pessoas ao seu redor são capazes de lidar com essa dor. Em geral, a Negação e o Isolamento não persistem por muito tempo.

b.   Raiva
Por causa da raiva surge a impossibilidade do ego manter a negação e o isolamento, os relacionamentos se tornam problemáticos e todo o ambiente é hostilizado pela revolta de quem sabe que vai morrer. Junto com a raiva, também surgem sentimentos de revolta, inveja e ressentimento. Nesta fase, a dor psíquica do enfrentamento da morte se manifesta por atitudes agressivas de revolta – “por que comigo?”. A revolta pode assumir proporções quase paranóicas – “com tanta gente ruim para morrer porque eu, que sempre fiz o bem, trabalhei, fui honesto...?”
Transformar a dor psíquica em agressão é mais ou menos o que acontece em crianças com depressão. É importante neste estágio, haver compreensão dos demais sobre a angústia transformada em raiva na pessoa que sente interrompida suas atividades de vida pela doença ou pela morte.

c.   Barganha
Havendo deixado de lado a negação e o isolamento, “percebendo” que a raiva também não resolveu, a pessoa entra no terceiro estágio, a barganha. A maioria dessas barganhas é feita com Deus!! 
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