sexta-feira, 25 de abril de 2014

REENCARNAÇÃO

“Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sem cessar, tal é a lei.” (Allan Kardec)


1.      EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS DA REENCARNAÇÃO
As pesquisas do Dr. Hamendras Banerjee e Ian Stevenson documentaram milhares de casos, que chamaram de memória extra-cerebral, de crianças e adultos que num determinado momento afirmavam que tinham sido outras pessoas, dando detalhes de sua vida anterior. As pesquisas foram feitas dentro do mais absoluto rigor metodológico, isentas de qualquer tendência religiosa ou preconceito.

• Um caso de lembrança de vida anterior
Uma arquiteta americana chamada Jenny Cockell começou a ter lembranças espontâneas de uma igreja, de ruas, etc. Como aquelas imagens se repetiam, ficou intrigada, iniciando uma pesquisa para achar as suas origens e o que elas significavam. Localizou uma cidade na Irlanda, que correspondia exatamente aos desenhos que fizera. Indo para lá, encontrou informações do endereço de uma casa que a levou a concluir que ali fora sua última existência, com o nome de Mary, localizando também os quatro filhos que tivera.
Sua experiência foi documentada e relatada num livro que virou filme: MINHA VIDA NOUTRA VIDA.

• Um caso de regressão
O Dr. Brian Weiss, tratando uma paciente, fez com ela uma regressão através de hipnose para que retornasse até a sua vida intrauterina, porém ela começou a falar sobre uma existência anterior. O Dr. Brian Weiss não acreditava em reencarnação, tinha uma formação estritamente científica. Continuando o tratamento com regressão, a paciente continuou a relatar experiências de várias reencarnações, revelando que já tinha reencarnado 86 vezes. Tendo gravado todas as seções, resolveu tornar tudo público escrevendo o livro MUITAS VIDAS MUITOS MESTRES.

2.      OBJETIVO
A reencarnação tem por objetivo fazer o espírito chegar à perfeição. A passagem pela vida corporal é necessária para que ele possa experimentar diferentes formas de relação e para o desenvolvimento de suas potencialidades intelectuais e morais.

3.      ORIGEM
A “matéria prima” da qual deriva o espírito humano denomina-se “essência espiritual”. O processo de criação de seres espirituais é contínuo e conduzido por entidades superiores, que já atingiram elevado grau de evolução. Este processo inclui estágios nos três reinos da natureza – mineral, vegetal e animal. A transição entre cada um destes estágios é feita no mundo astral e constitui-se em verdadeira metamorfose, em que qualidades novas são potencializadas no ser em formação. O tempo de duração de todo este processo evolutivo deve ser contado em milênios...


4.      PRIMEIRO ESTÁGIO NA FASE HUMANA
O grande auxílio que é dado aos que reencarnam é o esquecimento do passado, que ajuda no convívio com antigos desafetos, e propicia ao espírito uma nova programação e vivência de valores e sentimentos.
Sendo Deus soberanamente justo e bom, estabeleceu para todos o mesmo ponto de início, com as mesmas obrigações e condições.
O espírito está destinado a progredir somente com o próprio esforço, sendo o construtor do seu destino, herdeiro dos seus atos.
A isto se chama Lei de Causa e Efeito, que é a guardiã da justiça divina, e que, embora se manifeste sempre com misericórdia, entrega a cada um o resultado de suas ações.
Ao ingressarmos no primeiro estágio evolutivo da fase humana (Estágio Primitivo), dispondo de toda a bagagem que as etapas anteriores nos conferiram e mais as qualidades potencializadas durante o processo de transformação entre a fase animal e a humana, iniciamos o desenvolvimento de nossa capacidade intelectiva, a expansão da consciência e a consequente construção de nossos mundos mental e psíquico. Neste estágio temos como objetivo maior superar o comportamento instintivo, alcançando o agir racional, discernindo valores que favoreçam o viver gregário.
Muito embora as profundas modificações havidas na transição entre as fases animal e humana, ocorrem nas primeiras encarnações um proceder fortemente instintivo, com a manifestação de traços das qualidades desenvolvidas em nosso viver animal, que influencia a formação de tendências comportamentais.
Assim, num ambiente primitivo, em que impera a lei do mais forte, os espíritos “recém humanos” assumem posturas diversas, correlatas aos traços que a fase animal lhes conferiu, posturas que vão desde a busca impiedosa do predomínio, até a fuga constante, o viver camuflado. Estas tendências vão se modificando ao longo das encarnações, mas podem ser reforçadas, caso sejam adotadas reiteradamente.
Concomitantemente, o processo reencarnatório, associado ao esquecimento das memórias das vidas que se sucedem, vai promovendo a formação do mundo não consciente do espírito humano. Esta “segunda natureza” passa a ter influência cada vez maior na vida das criaturas, manifestando-se sob a forma de seus mecanismos automáticos de reação, do “temperamento” que cada um revela após cada renascer. Assim o homem vai construindo o seu mundo de emoções.
O estágio primitivo só se completa quando o espírito humano atinge um grau de desenvolvimento mental e psíquico que o torne razoavelmente social, em que seu agir não seja mais dominado pelos instintos, tendo alcançado um esboço de estrutura racional para as suas ações.

5.      ESTÁGIO ATUAL – PROVAS E EXPIAÇÃO
Os fatores que programam as condições do renascimento no corpo físico são o resultado dos atos e pensamentos das existências anteriores.
Nem sempre esses efeitos se apresentam imediatamente, embora isso não o libere dos atos praticados.
É possível, portanto, que uma experiência fracassada ou danosa, funesta, prejudicial, manifeste os resultados ao seu autor na próxima ou após passadas algumas reencarnações. Da mesma forma, as construções do bem se refletirão no comportamento posterior do indivíduo.
Portanto, os sofrimentos humanos de natureza cármica podem apresentar-se sob dois aspectos que se complementam: provação e expiação, que objetivam educar ou reeducar, predispondo as criaturas ao inevitável crescimento íntimo, na busca da plenitude que os aguarda.

a.   A provação é a experiência requerida ou proposta pelos guias espirituais antes do renascimento corporal do candidato, examinadas as suas fichas de evolução e avaliadas as suas probabilidades de vitória, bem como os recursos ao seu alcance para o cometimento.
Apresenta-se como tendências, aptidões, limites e possibilidades sob controle, dores suportáveis e alegrias sem exagero, que facultem a mais ampla colheita de resultados educativos.
Nada é imposto, podendo ser alterado o calendário das ocorrências, sem qualquer prejuízo para a programação evolutiva do aprendiz. Nada é irreversível.
As opções de como agir são muitas, de maneira que, para serem aplainadas as arestas, não é necessária a ação de um sofrimento imediato.
A ação do amor estimula o “ser” com oportunidades de sempre alterar para melhor o seu desempenho e as suas atividades, sendo plenamente suportáveis alguns insucessos, as dores dos desgastes orgânicos e mentais, sem a necessidade da atuação das paralisias, das alienações, das doenças irrecuperáveis.
Se isso, no entanto, ocorrer, deve ser catalogado como uma escolha pessoal, por acreditar o candidato ser esse o meio mais eficaz para a sua felicidade futura, libertando-o através desse expurgo da sua carga negativa acumulada. Poder-se-á identificar essa providencial escolha, na resignação e coragem demonstrada pelo educando e até mesmo na sua alegria diante dessas ocorrências dolorosas. Vimos isso em processos de cegueira, paralisias e outros tipos de doenças, que mesmo sendo condições sofridas, são suportadas com resignação, coragem e alegria.
As provações se manifestam, dessa forma, de maneira suave no seu conteúdo.
A reencarnação será de provações para aqueles que já adquiriram consciência de suas ações (espíritos arrependidos).
As provações mudam de curso, suavizando-se ou agravando-se conforme o desempenho do espírito.
A escolha de trajetórias difíceis no processo evolutivo (ausência de facilidades) representa um ato de sabedoria, tendo-se em vista a rapidez da existência física e os benefícios adquiridos, que são de duração ilimitada.
b.   A expiação, todavia, é imposta, é irrecusável, por constituir a medicação eficaz, a cirurgia corretiva para o mal que se agravou. Em outras palavras, é o estágio para o resgate de dívidas morais, para acertar-se com a lei da consciência, do resgate de débitos contraídos com as leis da vida.
Porque o amor de Deus vige em todas as Suas leis, mais justas do que as dos homens, seja qual for o crime, elas objetivam reeducar e conquistar o faltoso.
Jamais intentam vingar-se do desequilibrado, pelo contrário, buscam recuperá-lo, porque todos são passíveis de reabilitação.
O encarceramento nas paralisias, limitações orgânicas e mentais, nas patologias congênitas sem possibilidade de reequilíbrio, certos tipos de loucura, de cânceres, de enfermidades degenerativas se transformam em recurso expiatório para o infrator reincidente que, no educandário das provações, mais agravou a própria situação.
Enquadram-se nesses casos os suicidas premeditados, os homicidas frios, os adúlteros contumazes, os exploradores de vidas, os vendedores de prazeres viciosos (drogas, sexo, álcool, jogos de azar, chantagem e muitos artigos da crueldade humana, catalogados nos estatutos divinos).
Há, no entanto, em nome do amor, casos de aparentes expiações – seres mutilados, surdos-mudos, cegos e paralisados, hansenianos e aidéticos, entre outros, que escolheram essas situações para lecionarem coragem e conforto moral aos enfraquecidos na luta e desolados na redenção.
As expiações podem ser atenuadas, porém não sanadas. Elas apenas restauram o equilíbrio perdido, reconduzindo o infrator à situação em que se encontrava antes da queda brutal.
A expiação tem começo, portanto, quando as Leis Divinas determinam que aqueles espíritos, que são reincidentes no mal, devem iniciar seu caminho de despertar, sendo trazidos ao reencarne mesmo que não o queiram (reencarnação compulsória).


6.      O PROJETO REENCANATÓRIO
O projeto reencarnatório é peça fundamental no processo reencarnatório. Sua elaboração ocorre com a participação do reencarnante (desde que este já tenha alcançado condições para tanto; reencarnantes psíquica ou mentalmente perturbados não participam do projeto). O projeto é elaborado por espíritos de elevado grau de evolução, que dominam a ciência da psicometria (medida do grau evolutivo de uma pessoa) e que têm acesso às informações relativas às vidas já vividas pelo reencarnante. Estes espíritos identificam as áreas em que o candidato necessita trabalhar na nova encarnação e determinam as melhores condições de reingresso, para que tais áreas sejam exercitadas. São, assim, estabelecidas as linhas gerais do projeto reencarnatório, que se constituem no “destino irrevogável” do candidato.
É importante ressaltar que o reencarnante, ao participar da elaboração do projeto, tem o direito de exercer seu livre arbítrio. Pode-se dizer que é nesta oportunidade que as criaturas exercem seu livre arbítrio de forma mais ampla e consciente. Nos casos em que o candidato manifeste o desejo de vivenciar situações que ainda não tenha condições de suportar, serão sugeridas formas alternativas, que o resguarde de dificuldades insuperáveis. Assim, por exemplo, se por remorso alguém pede para nascer com alguma malformação, poderá ser levado a optar, por exemplo, pela perda ou avaria de um membro, ou a contrair doença crônica, após ter vivido o tempo necessário para alcançar o amadurecimento suficiente para suportar tal perda ou sofrimento.
Nos casos em que os candidatos não têm condições mentais ou psíquicas de participar da elaboração do projeto reencarnatório, este é estabelecido pelos especialistas de forma a permitir que as experiências a que o reencarnante se entregue na nova vida venham a beneficiá-lo a médio e longo prazo. Isto significa dizer que mesmo os que se entregam às formas destrutivas de viver, estão amealhando experiências dolorosas que os farão valorizar a vida, à medida que sintam na própria carne a ação da Lei do Retorno (ou de Causa e Efeito).
É preciso lembrar que somente os atos praticados voluntária e conscientemente contam a nosso favor ou desfavor. É importante observar, também, que experiências negativas, tais como as de praticar atos arrojados, expondo a vida por motivos menores ou na prática do mal, têm seu aspecto positivo. Os que assim agem, tornam-se aptos a enfrentar situações de risco que outros, mesmo cheios de boa vontade, não teriam condições de fazê-lo.
Todas as experiências são, pois, válidas, e por isso consideradas dentro do projeto de uma nova vida. Os especialistas levam em conta, sempre, o jogo de circunstâncias que envolverão o reencarnante, sabendo que ele poderá procurar os ambientes e as pessoas afins ao seu estágio evolutivo e às suas vivências anteriores. Contudo, providenciam condições que favoreçam o seu crescimento. O bom ou o mau uso do livre arbítrio é que fará do reencarnado um vencedor ou um alguém que se torne mais comprometido com a Lei.


7.      FAMÍLIAS ESPIRITUAIS E REENCONTROS
Ao longo de nossas encarnações, vamos constituindo a nossa “família espiritual”. Ela se compõe não apenas dos familiares com que vamos convivendo, mas também de todos aqueles com que tenhamos construído laços fortes de simpatia e/ou de antipatia. Assim, estas ligações são estudadas detalhadamente pelos espíritos encarregados de elaborar os projetos reencarnatórios, pois que a sua utilização nas vidas que se sucedem acelera o processo evolutivo das criaturas.
Os reencontros são, pois, uma constante na vida humana. Nos casos em que os laços anteriores foram de simpatia, o benefício é óbvio. Mas também nos casos em que a antipatia, derivada de ódios e crimes, prevaleça, os reencontros são a forma mais breve de alavancar as modificações que cada um deve fazer em sua maneira de ser. É por esta razão que os espíritos instrutores (tal como Emmanuel) costumam se referir aos lares como sendo “o cadinho das almas”. Reencontros também ocorrem nos ambientes de trabalho, nos locais em que moramos, ou em que participamos de tarefas ou atividades coletivas, etc.
Para promover os reencontros desejáveis, os espíritos programadores jogam com o tempo e com o espaço. Assim, os processos reencarnatórios são encadeados, ou seja, ocorrem de maneira que os seres envolvidos entrem num fluxo reencarnatório adequado. A variável tempo é controlada pelo estabelecimento conveniente do período de permanência no plano espiritual, dos desencarnados.
Além do condicionante “família espiritual e reencontros” e das variáveis “tempo e espaço”, os espíritos especialistas dispõem de um instrumento poderoso para a elaboração do projeto reencarnatório, que são as “condições iniciais de reingresso” no mundo físico.

8.      CONDIÇÕES INICIAIS DE REINGRESSO
O projeto reencarnatório tem como um de seus principais objetivos o estabelecimento das condições iniciais de reingresso do reencarnante. Tais condições podem também ser chamadas de “destino irrevogável” ou “heranças de berço”, pois dizem respeito às qualidades do corpo físico (condições individuais de reingresso) e do ambiente que cercará o reencarnante (condições de reingresso dependentes do meio).

Condições individuais de reingresso – Entre as mais importantes condições individuais de reingresso, podem ser citadas: a capacidade cerebral, a constituição física, a estética e a harmonia das formas do corpo e a sanidade física. Todas estas condições são implementadas por espíritos especialistas que, a partir da carga genética dos genitores, determinam o mapa genético adequado para que ocorram as condições acima mencionadas. É oportuno lembrar que antes de iniciar-se a gestação do reencarnante, ocorre todo um processo de preparação de seu perispírito (redução de seu volume e do grau de sua consciência).

Condições de reingresso dependentes do meio – Estas condições podem ser divididas em dois grandes grupos, a saber: as relativas ao ambiente próximo (familiar) e as que derivam do ambiente amplo (país), em que deverá ocorrer o reencarne.
São condições dependentes do ambiente próximo todas as que dizem respeito às pessoas que exercerão influência direta ou indireta sobre a sua formação, especialmente durante sua primeira infância. Assim, a capacidade de amar, o nível cultural e a condição econômica destas pessoas serão consideradas de forma cuidadosa pelos espíritos responsáveis pela elaboração do projeto reencarnatório.
As condições que dependem do ambiente amplo se referem ao país em que o reencarne ocorrerá, estando aí incluídas: características raciais – envolvendo costumes, tradições, etc; estágios de desenvolvimento – econômico, social, político, cultural; condições ambientais – clima, geografia, meio rural ou urbano; carma coletivo – ocorrência de eventos dolorosos, que atingem comunidades inteiras.
Obviamente, as condições individuais de reingresso influem sobre todo o período de vida do reencarnante. Já as condições dependentes do meio podem sofrer modificações mais ou menos severas durante a encarnação. O exame das condições que surgem ao longo da vida será feito mais adiante.


9.      TIPOS DE REENCARNAÇÃO
O homem é possuidor do livre arbítrio, ou seja, a faculdade de determinar a sua própria conduta, querendo, agindo e fazendo suas escolhas.
Esta faculdade pode sofrer processos limitantes dependendo da sua conduta em diversas encarnações anteriores.
a.  Reencarnação compulsória 
A reencarnação compulsória é aquela que traz o espírito para reencarnar sem prévia concordância dele e até sem o seu conhecimento. É própria dos espíritos cujo grau de perturbação, revolta, rebeldia, ausência de valores morais, impede sua participação no projeto reencarnatório. É uma imposição da Lei Divina.
A grande maioria destes espíritos procedem das regiões umbralinas ou baixo astral e outros procedem de centros socorristas nas regiões do bem, mas, cuja condição mental e psíquica os impede de participar do projeto reencarnatório. A Lei Divina oportuniza para esses espíritos por várias vezes essa liberdade relativa, que é chamada de provações.
Quando esses espíritos não aproveitam a reencarnação para sua modificação e evolução, continuando a desrespeitar os direitos alheios e repetindo comportamentos destrutivos, a Lei Divina os reencarna em processos dolorosos, limitativos, chamados de expiação.
A limitação tem por finalidade impedi-los de dar vazão as suas más inclinações, tornando-os dependentes, fragilizados, levando-os a refletir, buscando respostas em suas dificuldades, visando conduzi-los para o despertar da consciência e da sensibilização.

Um exemplo
No livro LIÇÕES DE SABEDORIA, de Chico Xavier, pg. 71, existe o relato referente a um local do Astral Inferior. Lá existia uma cidade cujos espíritos se entregavam a todo o tipo de luxúria e degradação sexual. A Espiritualidade Superior decidiu conceder a todos a uma nova reencarnação (com isso interromperiam o processo que executavam). A partir deste fato, começou na Terra a revolução sexual dos anos 60 e 70, as revistas e filmes de sexo, pornografia.
Vários destes espíritos reencarnados deram vazão ao seu comportamento degenerado, tendo como resultado a vulgarização do sexo através de filmes e revistas pornográficas.

b.  Reencarnação voluntária ou proposta
O espírito tem um relativo livre arbítrio. Mentores fazem o planejamento da programação da próxima existência com a participação do mesmo.
Orientações são dadas ao espírito reencarnante com relação às más tendências ainda não vencidas, para que tenha o maior sucesso possível, a fim de que não corra o risco de falir e voltar a repetir novamente os erros que o comprometeram.
Geralmente não tem limitações físicas, mas sim em nível existencial, de acordo com as suas necessidades que são examinadas.
Poderá encontrar inimigos do passado reencarnados no grupo familiar ou próximo a ele, como oportunidade de um reajuste de sentimentos.
Muitos vêm com a proposta de servir com a mediunidade, para acelerar suas conquistas e resgate dos débitos perante a Lei.


c.  Reencarnação livre
É própria dos Espíritos Missionários. Redimidos perante a Lei ou próximos da redenção, apresentam condições plenas para sua liberdade de ação, pois, pelas conquistas morais, não correm riscos de falir.


10.    ALGUMAS SITUAÇÕES ESPECÍFICAS DE REENCARNAÇÃO

a.   Espíritos Missionários
São reencarnações que necessitam de um grande planejamento, pois têm como objetivo beneficiar uma coletividade, seja de uma região, de um país, ou de um planeta na sua totalidade, trazendo conhecimentos novos, na ciência, nas artes, religiosidade, nas leis, na estrutura social, enfim, em todos os campos de atividade, para melhorar o desenvolvimento da vida.

Exemplos de Espíritos Missionários
Jesus – A Revelação Salvadora para a humanidade.
Francisco de Assis – Para reavivar o cristianismo inicial na sua simplicidade e significado (com ele reencarnaram 200 espíritos como apoiadores, auxiliando-o na missão).
Allan Kardec – Para informar aos homens sobre a realidade espiritual, suas consequências.

b.   Escolha do sexo
Pouco importa ao espírito reencarnar em corpo de homem ou de mulher, pois o que o guia na escolha são as provas por que tenha a necessidade de passar. Isto demonstra a bissexualidade psicológica do espírito, o que não identifica uma concordância com a vivência bissexual do ser enquanto encarnado no campo da genitalidade.

c.   Homossexualismo
Homens e mulheres nascem homossexuais com a destinação específica do melhoramento espiritual, jamais sob o impulso do mal.
Os homossexuais, assim, são criaturas em expurgo de faltas passadas, merecedoras de compreensão e, sobretudo, esclarecimento.
Tornam-se carentes diante da Bondade do Pai, que jamais abandona Seus filhos.
Terão renovadas chances de aperfeiçoamento espiritual, eis que a Reencarnação é escola que aceita infinitas matrículas, ainda que na mesma série.

d.   Doenças mentais, depressão, bipolaridade, etc.
O não adequado funcionamento do cérebro tem em suas raízes os traumas, os abusos, as lesões, as culpas inconscientes do mau proceder no ontem.
São expiações de faltas gravíssimas, com lesões no corpo perispiritual, devido a suicídios e vários tipos de crimes. Nos casos de depressão e de outras doenças, existe sempre a culpa inconsciente dos erros cometidos e não reparados.


11.    TEMPO ENTRE AS REENCARNAÇÕES
O tempo é variável conforme a experiência que o espírito necessita. Em alguns casos pode ser de um mês (raríssimos), mas em outros não tem um limite de tempo. Nas zonas inferiores, há espíritos que não reencarnam há 2.000, 4.000 e até 10.000 anos. Para a reencarnação dos Espíritos Missionários, há a necessidade de um tempo de “descida vibratória”, no qual os espíritos vão agregando a matéria dos planos abaixo ao que pertencem.


12.    O ESQUECIMENTO DO PASSADO
Ao renascer somos beneficiados como o esquecimento das vidas anteriores, tanto no mundo físico como no mundo espiritual.
Temos, através do reencarne, a oportunidade de construir uma nova personalidade, modificando padrões comportamentais, promovendo nosso crescimento mental, psíquico e espiritual.
O esquecimento do passado facilita a ocorrência com os encontros de desafetos de vidas passadas, ajudando no processo de reconciliação.
Trazemos das vidas anteriores (para os espíritos arrependidos) a culpa (remorso) inconsciente do que foi feito, e com a reencarnação sem o esquecimento, seria muito difícil manter-se o equilíbrio durante a vida.


13.    AUTOAVALIAÇÕES
Durante os períodos de vida no astral, temos a oportunidade de realizar um exame dos motivos que nos levaram a realizar ações negativas em nossa última reencarnação.
A lembrança das reencarnações anteriores não ocorre de forma espontânea após o desencarne.
Durante a preparação do projeto reencarnatório, podemos ser submetidos a regressões de memória, revivendo as passagens de realizações negativas, com a finalidade de compreender o porquê de incluir determinadas experiências na nova vida que começará.
Os espíritos responsáveis pelo projeto de reencarnação não programam a ocorrência de condições ou circunstâncias acima da capacidade de superação daqueles que reencarnam.
Ao renascerem, contudo, aqueles que se julgam merecedores de punição pela culpa e remorso inconsciente que trazem, passam a sofrer as pressões de suas autocondenações, que se manifestam em processos autopunitivos (inconscientes) através de insucessos nas áreas profissional, sentimental, cultural. Estes processos são também chamados de auto-obsessivos.
Assim, valendo-se do seu livre arbítrio, eles poderão trilhar estes caminhos não programados em seus projetos reencarnatórios, fazendo escolhas equivocadas, seja no relacionamento com pessoas, quanto em assuntos a respeito de suas condições materiais de vida.


14.    PROCESSOS DE IMPULSIONAMENTO LIGADOS AO PASSADO
Os processos de impulsionamento correspondem a estímulos que o espírito reencarnado recebe e aos quais responde escolhendo caminhos, segundo seu livre arbítrio:

a.   Processos regenerativos
Estes processos são inarredáveis, ou seja, correspondem a limites que não poderão ser ultrapassados no decorrer da vida do reencarnante.

b.   Processos de reajuste
Resultam da disposição de reconciliação, manifestada por duas ou mais pessoas, antes do reencarne de uma ou mais delas.
Eles têm por base a ocorrência de reencontros.
Quando o processo envolve o convívio de encarnados e desencarnados, estes últimos são chamados de espíritos impulsionadores.
Embora tenham a disposição para o progresso, mudando interiormente, eles ainda nutrem diferenças para os encarnados com que convivem.
Assim, ao mesmo tempo em que colaboram, cobram posturas corretas destes últimos, todas as vezes que laborem em erro.

c.   Processos de resgate:
São derivados de posturas cobradoras, vingativas, adotadas por encarnados entre si ou entre desencarnados e encarnados. Neste último caso, os desencarnados são chamados de espíritos obsessores e o encarnado de obsedado. Embora muito dolorosos, estes processos expressam a existência de um passado menos responsável do obsedado, que conscientemente agiu como algoz dos seus obsessores.
Este processo pode não ser do tipo inarredável. Seu esgotamento é, contudo, difícil, por envolver espíritos psiquicamente desequilibrados.


15.    CONSIDERAÇÕES FINAIS
Sendo o processo reencarnatório o mecanismo pelo qual se realiza o desenvolvimento do espírito humano, cabe examinar o conceito de evolução espiritual, em sua forma mais breve.
O Cristo recomendou a seus seguidores “orar e vigiar”. Esta é a suprema síntese do agir Cristão. Torna-se, contudo, necessário definir estas duas ações. Viver orando não significa, obviamente, abdicar das coisas e das pessoas (o que Ele jamais exemplificou). Oração, pois, não se restringe ao ato piedoso da prece, mas é todo trabalho construtivo no bem, a favor da vida. O ato de orar é, assim, um ato de amor. Por outro lado, viver vigiando não é sinônimo de passar todo o tempo cuidando o que os outros estão fazendo, mas sim estar sempre atento para o teor dos próprios pensamentos, palavras e atos. O ato de vigiar está, pois, ligado ao viver consciente.
Evoluir é dilatar consciência e integrar-se ao todo.
Por isso, na linguagem poética dos espíritos, “para alçarmos o vôo mais alto precisamos desenvolver as asas da sabedoria e do amor”.
Que possamos alçar este vôo sem demora!
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