Amor Próprio ;)
Você se atira ao mundo das migalhas como
 se comer de partes em partes pudesse te alimentar. Desconsidera o bolor
 que vai tomando conta do pão, o desinteresse de quem alimenta e só o 
faz pra mantê-lo vivo e vai se esquecendo cada vez mais de você mesmo 
enquanto é claramente débil o seu estado físico e emocional.
A
 mendicância de amor já é o seu estado natural: largado numa rua, 
coberto por trapos sentimentais que são tão frágeis quanto o amor que 
recebe. 
E o pior é que a condição é totalmente voluntário. Então porque 
você (e muita gente) ainda se sujeita a isso? Porque se esquece que “a 
gente aceita o amor que acha que merece”, como já bem dizia o menino 
Charlie.
Seria pretensioso demais da minha parte 
querer definir umas boas regras ou elaborar a construção do 
funcionamento do amor, mas sempre me foi claro que amor é um sistema de 
trocas voluntárias. Ninguém ama sozinho, ninguém é amado sozinho.
A 
falta de reciprocidade, pra mim, sempre configurou qualquer tipo de 
relação, menos a que a gente chama de amor. Amor é construção e ainda 
tem gente que se contenta com uns tijolinhos esquecidos na calçada pra 
montar um barraco e achar que tá protegido. Engano nosso. Ao primeiro 
sinal de tempestade a casa cai.
Aqui a gente dispensa os livros de 
autoajuda e a explicação psicológica do fenômeno, mas tudo se resume em:
** POR QUE VOCÊ NÃO OLHA NO ESPELHO >>>>>  e percebe que você é um ser 
humano que tem as suas qualidades e os seus defeitos e que ninguém pode 
te desmerecer por isso?
Você não precisa mudar seus modos, se matar numa
 academia, alterar e condicionar seu padrão de vida por causa de uma 
única pessoa que nem gosta de você. E aqui a gente encontra muitas 
vertentes da mendicância amorosa: tem a amiga do “eu não vou achar coisa
 melhor”, tem o amigo do “ela é demais pra mim e eu tenho que justificar
 o porquê dela estar comigo”, aquela prima do “eu preciso de companhia 
pra ser feliz” e por aí vai.
Não vejo sentido em correr atrás de 
alguém e insistir em estar com uma pessoa que claramente não se encantou
 por você.
Tudo bem , existe a premissa da conquista e tudo mais. Mas se
 você já tentou isso, qual é o sentido de sofrer por rejeição? O mundo 
tem 8 bilhões de pessoas e uns quebrados por aí.
Não é possível que a 
pessoa da sua vida seja justamente quem não quer nada com você.
Por isso, peço à “Geração da Falta de 
Amor Próprio” que entenda alguns pontos.
Não vale a pena implorar pelo 
amor de alguém se esse amor não é seu. Não é e pronto.
Nada que você 
faça vai fazer com que seja. Viver de migalhas é uma condição sub-humana
 de vida. Mendigos não seriam mendigos se eles pudessem.
Tente pensar 
dessa forma. Gostar da própria companhia e encontrar valor nela não 
precisa ser aquele clichê eterno de nunca dar o braço a torcer e dizer 
que ama a solteirice e espalhar isso pelas redes sociais. Você pode 
admitir que está carente, que sente falta de alguém, que seria legal ter
 alguém do lado, mas nunca é bom fazer de alguém o seu porto seguro.
“Nenhuma pessoa é lugar de repouso”. Você vai sempre precisar mais de 
você pra ser feliz do que de qualquer outro ser humano que encontre por 
aí.
Dito isso, considere celebrar a sua alegria consigo mesmo. 
Vale a 
pena brindar sozinho e beber uma boa taça de vinho, mas inteira, cheia 
até a borda.
Você vai acabar entendendo a diferença entre amor de 
verdade e uma ideia de amor
servido em conta-gotas.
.............................................. Witch )0( Arana Santos
 
Nenhum comentário:
Postar um comentário